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Coronavírus faz grandes bancos do Brasil esticarem em 60 dias vencimento de dívidas de clientes

  • Por Gino Matos
  • - 17/03/2020
  • às 15:00
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Coronavírus faz grandes bancos do Brasil esticarem em 60 dias vencimento de dívidas de clientes

Segundo um comunicado emitido pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) no dia 16 de março, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander – seus cinco maiores bancos associados – se dispuseram em dar 60 dias sobre às datas de vencimento das dívidas de seus clientes.

A decisão foi motivada pelo surto de Coronavírus, que já tem mais de 300 casos e duas mortes confirmadas no Brasil, e tem mexido com a rotina dos brasileiros.

Natureza transitória

Segundo a FEBRABAN, a organização discutiu com seus bancos associados propostas para “amenizar os efeitos negativos” da pandemia de Coronavírus sobre empregos e as rendas dos brasileiros. A Federação afirma que seus associados estão “sensíveis ao momento de preocupação dos brasileiros com a doença provocada pelo novo coronavírus”, entendendo que, apesar de profundo, o choque causado tem “natureza essencialmente transitória”.

De acordo com um trecho do comunicado emitido pela FEBRABAN:

“Os bancos estão engajados em continuar colaborando com o País com medidas de estímulo à economia. Nesse sentido, os cinco maiores bancos associados, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander estão abertos e comprometidos em atender pedidos de prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas de clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas para os contratos vigentes em dia e limitados aos valores já utilizados.”

Ainda segundo o comunicado, os canais de atendimento da rede bancária permanecerão funcionando. Desta forma, aqueles que tiverem interesse em contatar seus bancos para saber se a extensão de prazo para as dívidas será aplicado, o atendimento funcionará normalmente.

CVM também se protege do Coronavírus

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também começou a adotar cuidados em suas atividades. Desde o dia 16 de março, só as reuniões de colegiado serão mantidas, uma vez que a opção de trabalho remoto começará a ser disponibilizada. Primeiro, 150 funcionários que estão nos grupos de risco do Coronavírus trabalharão remotamente.

A partir do dia 18 de março, serão liberados para trabalho remoto os “servidores que realizam atividades consideradas essenciais e estratégicas para o cumprimento da missão da CVM”. Além disso, o atendimento presencial foi suspenso pela autarquia.

Caso a situação não se abrande até a próxima segunda-feira, 23 de março, todos os funcionários da autarquia serão liberados para trabalhar remotamente.

O prazo para interrupção dos pedidos de registro de ofertas públicas de distribuição foi estendido para até 180 dias úteis.

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