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Após o colapso da rede Terra (LUNA), que impactou todo o mercado de criptomoedas, causando uma verdadeira crise no setor, autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul firmaram um acordo de compartilhamento de dados sobre a investigação do caso.
Conforme noticiou um portal de notícias sul-coreano, o ministro da Justiça do país, Han Dong-hoon, se reuniu com funcionários do Ministério Público dos EUA em uma visita a Nova York para tratar do assunto na terça-feira (5).
Na ocasião, eles falaram sobre formas de aumentar a cooperação na investigação de crimes financeiros, sobretudo as que envolvem os ativos digitais.
A reunião foi entre Han e Andrea M. Griswold, co-chefe da Força-Tarefa de Valores Mobiliários e Commodities da Procuradoria dos EUA para o Distrito Sul de Nova York. Também participou do encontro Scott Hartman, chefe da Força-Tarefa de Fraude de Valores Mobiliários e Commodities do mesmo escritório.
Os dois lados discutiram formas de fortalecer a cooperação entre a Promotoria do Distrito Sul de Seul e o escritório do Distrito Sul de Nova York.
Além disso, as partes concordaram em compartilhar seus dados de investigação mais recentes sobre casos de criptomoedas que estão em andamento. Isso inclui, por exemplo, o colapso da stablecoin Terra USD (UST) e da criptomoeda LUNA.
A moeda digital estável UST perdeu seu peg de 1:1 com o dólar em maio. Por conta disso, foi abandonada pela rede Terra em seu processo de reestruturação. Enquanto isso, LUNA foi praticamente a zero e virou LUNA Classic após o hard fork da rede.
Ainda segundo o portal, os promotores da Coreia do Sul investigam possíveis acusações de fraude em torno da rede Terra.
Ainda no mês de maio, conforme noticiou o CriptoFácil, legisladores da Coreia do Sul convocaram Do Kwon, fundador da rede Terra, para prestar esclarecimentos sobre o colapso de UST e LUNA.
Além disso, após a crise do projeto, o país também passou a fazer “inspeções de emergência” em exchanges locais.
Em seguida, os promotores sul-coreanos proibiram os desenvolvedores e os ex-desenvolvedores de Terra de deixarem o país. De acordo com portais locais, a proibição seria válida até a conclusão das investigações sobre o caso.
Enquanto isso, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, também está investigando Do Kwon. A SEC apura, em particular, se a venda da UST antes da derrocada violou os regulamentos de proteção ao investidor.
Ademais, também estaria em andamento uma investigação sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro de Do Kwon.
De acordo com agências de notícias sul-coreanas, fontes disseram à SEC que Do Kwon sacava US$ 80 milhões em UST e LUNA todos os meses antes do colapso do ecossistema. Por isso, esta atividade está sendo considerada suspeita e relacionada à lavagem de dinheiro.
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