A queda acentuada que vem atingindo o mercado de criptomoedas desde janeiro pode ser estancada graças ao recente anúncio feito pela Coreia do Sul, um dos principais mercados de moedas digitais do mundo, no qual a Unidade de Inteligência Financeira da Coréia (KFIU, na sigla em inglês) e outras agências financeiras locais anunciaram que irão legitimar o mercado de criptomoedas no país e regularão as exchanges de criptomoedas, tal qual bancos tradicionais, impondo, entre outros, políticas rígidas de combate à lavagem de dinheiro (AML).
Como informou a agência de notícias internacional CCN, durante a reunião do Conselho Consultivo de Políticas, realizada em 8 de junho, o diretor da KFIU Kim Geun-ik liderou uma extensa discussão sobre os regulamentos existentes para os bancos tradicionais em relação à prevenção de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo e propôs políticas mais rígidas para bancos comerciais e provedores independentes de serviços financeiros.
Porém, em discussões posteriores, a KFIU decidiu incluir o setor de criptomoedas em sua iniciativa AML e KYC. A KFIU afirmou que a agência irá coordenar com o Congresso uma conjunto de diretrizes para aprovar um projeto de lei que permitiria às autoridades financeiras locais monitorar amplamente a conta bancária e os usuários das exchanges.
Embora as regras que devem circular na Coreia do Sul possam parecer duras, elas trazem legitimidade ao setor e espantam os fantasmas de proibição que impactaram o mercado recentemente, quando diferentes e contraditórias posições de reguladores e autoridades sul- coreanas “brincaram” com o preço do Bitcoin. Além disso, diferentes analistas têm chegado a um consenso de que o reconhecimento institucional do mercado de criptomoedas via a criação de regras pelos estados será benéfico para o setor como um todo, por trazer uma segurança jurídica hoje em falta, e permitir o investimento de grandes players institucionais.