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Coreia do Norte pode estar construindo bomba atômica com Bitcoins roubados

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A Coreia do Norte, comandada pelo ditador Kim Jong-un, está sendo acusada novamente, conforme mostra a reportagem da Wired, de usar ataques hackers focados em atingir exchanges de criptomoedas para roubar Bitcoin e criptoativos com o objetivo de angariar recursos para a construção de armamento nuclear.

Segundo a reportagem, os ataques estão sendo coordenados por um grupo chamado APT 38, exclusivamente treinado e coordenado para atacar o sistema bancário e exchanges de criptomoedas, que já conseguiu roubar mais de US$1 bilhão em ativos, sendo cerca de US$571 milhões somente em criptoativos.

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Acredita-se que o grupo de hackers patrocinado pelo Estado tenha menos de 20 pessoas e esteja em atuação desde janeiro de 2017.

“A segurança cibernética não é importante apenas para impedir criminosos ou proteger tecnologias. Trata-se de impedir que regimes como a Coreia do Norte obtenham os meios para travar uma guerra nuclear. Precisamos nos perguntar: quando a Coreia do Norte testa seu próximo míssil, é realmente certo que eles pagaram por ele com Bitcoin?”, diz a publicação.

Em 2018, um estudo revelou que o grupo hacker Lazarus, supostamente financiado pela Coreia do Norte, também estaria por trás de ataques a exchanges, inclusive o roubo de tokens Nem exchane da Coincheck teria sido obra do grupo.

O assunto foi abordado recentemente pelo Conselho de Segurança da ONU, órgão máximo das Nações Unidas (e considerado por muitos o único com real poder efetivo), que emitiu um relatório no qual aponta as operações hackers feitas pela Coreia do Norte.

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O relatório foi apresentado ao comitê de sanções da Coreia do Norte e declarou que os norte-coreanos buscaram nos criptoativos uma “alternativa” para “cobrir seus rastros” e que haveria uma divisão especializada no ecossistema cripto/blockchain dentro do exército norte-coreano, fazendo parte da política de governo do país.

As táticas do governo central norte-coreano para obtenção de recursos por meio de criptomoedas envolveu, segundo a Wired, até mesmo uma ICO fraudulenta com uma empresa chamada Marine Chain, que seria responsável pelo token Vessel (supostamente construído em Ethereum) e que integraria um ecossistema de transporte marítimo.

Os grupos hackers da Coreia do Norte também estariam por traz da criação de malwares e ataques de cryptojacking. Segundo a Kaspersky, o Lazarus teria desenvolvido o “AppleJeus”, um malware exclusivamente desenvolvido para o sistema iOS da Apple.

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Leia também: Grupo usa Bitcoin e Ethereum para desafiar a ditadura na Coreia do Norte

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.