O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (3) que não vê problemas no aumento do número de influenciadores divulgando conteúdos financeiros nas redes sociais.
Para ele, trata-se de algo positivo. Barbosa defende que a educação financeira é uma forma de defesa do investidor.
O presidente da Comissão também vê com bons olhos o aumento do número de investidores do varejo na bolsa de valores.
Educação financeira deve ser ampliada
Embora o Ministério Público Federal (MPF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estejam monitorando a ação de influenciadores em finanças na internet, Barbosa diz que a educação financeira deve ser ampliada.
Ele ressaltou, no entanto, que a CVM deve averiguar os conteúdos denunciados:
“Não vejo negativamente o fato de mais pessoas estarem divulgando conteúdo. A educação financeira é a primeira linha de defesa do investidor e ela deve ser ampliada. Do nosso lado de regulador, cabe averiguar as denúncias de informações supostamente erradas sendo propagadas”, disse Barbosa em uma live promovida pelo Valor Econômico.
O presidente da CVM também disse que torce para que a onda de novos investidores na bolsa não seja passageira. Segundo ele, o crescimento do mercado de capitais é positivo:
“É muito bom que o mercado de capitais esteja crescendo, torço para que seja uma tendência consolidada e não passageira, a taxa de juros tende a permanecer baixa e a educação financeira segue aumentando. Tudo isso é favorável à entrada de cada vez mais pessoas na bolsa”, disse.
Novos investidores precisam de segurança
Barbosa ainda reforçou que os quase 3 milhões de novos investidores precisam ter segurança sobre o que estão fazendo. Além disso, precisam conhecer o próprio perfil de investidor:
“É importante investir em divulgação de conteúdo de qualidade. As empresas e as entidades do mercado precisam entender que há uma mudança na base de acionistas, e precisam achar a melhor forma de se comunicar com esses investidores. É preciso de iniciativas nesse sentido”, enfatizou.
Já os gestores, segundo Barbosa, precisam realizar o monitoramento e a supervisão de quem se manifesta nas redes falando sobre mercados de capitais, em temas que chamem a atenção.
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