O Bitcoin e seu design descentralizado requerem um processo único chamado mineração, que valida cada transação sendo adicionada ao seu blockchain subjacente. O processo envolve a solução de equações matemáticas complexas e, normalmente, requer algum poder de processamento de computador e até mesmo hardware especialmente projetado para validar cada bloco, de acordo com a agência de notícias News BTC.
Devido à quantidade de energia consumida durante este processo, o Bitcoin e outras criptomoedas são frequentemente demonizadas por contribuírem para as emissões globais de carbono, potencialmente prejudicando o meio ambiente. No entanto, uma superabundância de energia solar em algumas partes do mundo pode fazer com que o consumo de eletricidade do Bitcoin não seja um problema no futuro.
Energia solar pode tornar a emissão de carbono do Bitcoin insignificante
À medida que as preocupações com as mudanças climáticas globais crescem, a principal criptomoeda do mercado está tornando-se cada vez mais um tópico de muita negatividade – não apenas por seus recentes movimentos de preços, mas também por suas contribuições para as emissões globais de carbono.
No entanto, essas alegações podem ser super dramatizadas por pessimistas e pela mídia, uma vez que a energia solar pode facilmente, de maneira barata, ser efetivamente aproveitada para potencializar a mineração de Bitcoin.
Tome o Chile por exemplo. O Chile tem uma das maiores irradiações solares do mundo, possui a maior usina de energia solar da América Latina e, em geral, possui uma abundância de energia solar. A proximidade do Chile com o equador e as condições climáticas tornam o país um local privilegiado para a geração de energia solar.
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O Chile está planejando tornar até 19% da eletricidade do país proveniente da energia solar até 2050, de acordo com o roteiro estabelecido pelo Ministério de Energia do país. O Chile já está produzindo tanta energia solar, que está distribuindo gratuitamente desde 2016.
Pesquisadores concordam: os problemas de energia do Bitcoin são exagerados
Katrina Kelly-Pitou, pesquisadora da Universidade de Pittsburgh, cujo trabalho inclui o estudo de tecnologias de energia limpa como a energia solar, diz que, com o tempo, o consumo de energia de novas tecnologias se tornará mais eficiente, assim como o Bitcoin e outras criptomoedas.
“Sou uma pesquisadora que estuda tecnologia de energia limpa, especificamente a transição para sistemas de energia descarbonizada. Acho que a conversa em torno do Bitcoin e da energia foi simplificada demais”, explicou Kelly-Pitou.
Ela também explica que nem todas as instalações de mineração de criptomoedas devem ser tratadas como iguais, sugerindo que as fontes de eletricidade baseadas em fósseis encontradas atualmente na China contribuíram com muito mais emissões de carbono do que as fazendas de mineração como as encontradas no noroeste do Pacífico.