O ouro é, sem dúvida, o metal precioso mais conhecido e comercializado em todo o mundo como a melhor reserva de valor há milhares de anos. Porém, segundo Lou Kerner, cofundador da CryptoOracle, empresa de consultoria do universo das criptomoedas, em entrevista à agência de notícias CNBC, o posto de melhor reserva de valor será substituído pelo Bitcoin que, segundo ele, “é muito melhor”.
Kerner acredita que esta mudança de paradigma pode demorar até cinco anos, mas certamente deve ocorrer. Sobre a volatilidade dos preços, o desenvolvedor argumentou que isto é esperado em um novo ativo, da mesma forma como aconteceu com os ativos tradicionais negociados hoje, que também enfrentaram alta volatilidade há 40 anos quando começaram a ser introduzidos no mercado.
“40 anos depois, é o mesmo que todo o resto”, disse Kerner sobre títulos de alto risco. “Achamos que o Bitcoin está apenas seguindo a mesma estrutura. Qualquer novo ativo em seus primeiros dias é extremamente volátil. Ninguém sabe como precificá-lo, e é exatamente isso que estamos vendo com Bitcoin”, disse ele.
Em maio deste ano, J. Christopher Giancarlo, presidente da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC, na sigla em inglês), que já recebeu o apelido de “cryptodad” devido à sua disposição em se envolver com a indústria das criptomoedas apoiando uma regulamentação que não impeça o desenvolvimento da tecnologia, disse que o Bitcoin pode não ser ideal como meio de troca, e portanto como moeda, mas possui as características de uma reserva de valor como o ouro.
Na época, Giancarlo também disse que a legislação financeira norte-americana possui regras muito antigas, que remontam 1930, o que torna difícil o trabalho dos reguladores em “encaixar” perfeitamente o Bitcoin e as demais criptomoedas dentro destas classificações regulatórias.