A volatilidade é uma das principais características que ainda afastam as empresas de aceitarem criptomoedas como meio de pagamento. As chamadas stablecoins foram criadas para mitigar esse risco.
Tokens como o Tether (USDT) ou a GeminiCoin são atrelados a uma moeda fiduciária e buscam mitigar o efeito da volatilidade em um mercado cuja marca é não ter horário comercial, feriados nem finais de semana. E uma empresa resolveu lançar a primeira stablecoin lastreada em reais.
A empresa BRLT Money anunciou nesta semana o lançamento do BRLT (Brazilian Real Token). Trata-se de um token pareado no Real que, segundo o site oficial, busca trazer “estabilidade e segurança para entusiastas e empreendedores desse meio tecnológico”.
O anúncio também foi divulgado através de um texto no Medium, escrito por Cláudio Holanda. Nele, são mostrados detalhes sobre o token, quais problemas ele busca solucionar e como será o seu funcionamento.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Além de contar com informações sobre o token, o site da empresa também divulgou o whitepaper oficial do projeto. O documento está disponível em duas versões: a primeira é uma versão lite, voltada para quem é mais leigo, explicando detalhes gerais sobre o token. Já segunda é a versão completa do documento.
Segundo a empresa, o token “oferece o melhor de dois mundos: uma moeda estável, dentro da blockchain, mas rodando em um serviço próprio mantido por uma instituição que dá total certeza aos usuários de que eles sempre receberão o equivalente de tokens BRLT em Real, não importando a data do saque”.
A ferramenta permite realizar operações de compra de BRLT com Real, o envio de tokens entre usuários, o saque de BRLT em Real e também disponibiliza a API para integração com a plataforma por terceiros (exchanges, empresas, etc.)
De acordo com a empresa, a transparência também é um ponto importante. Duas funcionalidades estarão presentes no BRLT. A primeira é o chamado Portal da Transparência: uma página atualizada diariamente com todas as movimentações dos tokens, na qual também constarão extratos bimestrais das contas bancárias. O objetivo é provar o lastro em reais do BRLT.
A segunda é o registro de transações em blockchain. A empresa afirma que “transações entre usuários, emissões de novos tokens e queimas de tokens sacados são todas publicadas na blockchain, tornando esses dados públicos para consulta posterior”. Isso fará com que as transações em BRLT possam ser auditadas por qualquer usuário, seja cliente da BRLT Money ou não.
Em todo o mundo, bancos centrais, governos e empresas buscam obter vantagens no uso de stablecoins e criptomoedas “oficiais”. A China já estuda a criação de uma stablecoin baseada no yuan, enquanto diversos países e empresas da Europa também buscam se utilizar dessa tecnologia.