Enquanto muitas pessoas consideram difícil investir em Bitcoin (BTC), outras trocam até latinhas de refrigerante para conseguir alguns satoshis. Foi exatamente isso que decidiu fazer Bruno Oliveira, também conhecido como Sucateiro Cripto – nome de seu perfil no Instagram. Apaixonado pelo Bitcoin, Oliveira resolveu fazer do ato de recolher latinhas sua forma de acumular satoshis.
Mas o que parecia apenas uma forma de lidar com as dificuldades da pandemia cresceu e foi muito além. O Sucateiro Cripto tornou-se um perfil educacional, convencendo até mesmo sua mãe a aceitar BTC como forma de pagamento. E hoje, Oliveira até oferece cashback para compras e pagamentos com Bitcoin, ajudando a disseminar o uso da criptomoeda de forma lúdica. Conheça agora a história do Sucateiro Cripto.
Das séries para a vida real
Conforme Oliveira explicou em entrevista ao CriptoFácil, seu primeiro contato com o BTC ocorreu por meio da televisão. Mais especificamente, pela série The Big Bang Theory, muito popular entre os nerds. A série foi ao ar entre 2007 e 2019 e teve 12 temporadas, com alguns episódios que tiveram o Bitcoin como tema, sobretudo na sua fase final.
Assim que viu o Bitcoin na série, Bruno tratou de estudar e conhecer mais sobre a nova tecnologia. No entanto, a pandemia de Covid-19 em 2020 causou problemas em sua vida.
“Durante a pandemia, usei todos os meus investimentos como reserva de emergência. Após a pandemia, minha segunda filha nasceu, e o dinheiro escasso dificultava retomar os investimentos”, afirmou.
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Mesmo assim, o Sucateiro Cripto não desistiu e usou o Bitcoin para mostrar à minha filha mais velha que poderíamos superar a situação. Foi nessa época que surgiu a ideia de reciclar latinhas e óleo usado para reinvestir o dinheiro aos poucos, mas essa não era a profissão principal de Oliveira.
Ele atua há 20 anos como profissional de semi-joias, trabalho que exerce como sua função principal. Ao mesmo tempo, ele auxilia a mãe, que trabalha com fabricação de pães e bolos caseiros. No entanto, de acordo com Oliveira, o salário desse seguimento era suficiente apenas para arcar com as contas os pedidos da cozinha da mãe.
“(O trabalho com semi-joias) sempre foi uma renda extra pra nunca ficar no vermelho, e parte do lucro é investido em Bitcoin. Mas ainda não estava contente com isso. Então, veio a ideia da reciclagem. Eu pego minha bicicleta de noite e nos finais de semana, saio bem cedo catar latinhas 4:30, 5 horas da manhã, porque com as condições que o mundo se encontra tem muita gente na reciclagem”, explicou.
O retorno aos investimentos e o Sucateiro Cripto
A princípio, o objetivo de Bruno era estudar, retomar os investimentos e convencer sua mãe a aceitar Bitcoin nas vendas de bolos e pães caseiros. Isso de fato aconteceu, mas ele afirma que inicialmente não houve muita demanda. Por outro lado, ele também começou a ver a quantidade de golpes que surgiram e caíram entre 2019 e 2020.
“Ao ver muitas pessoas caindo em golpes de pirâmide e alegando falta de recursos para investir, surgiu a inspiração para criar um perfil no Instagram. Queria demonstrar que é possível começar com estudo e pouco dinheiro, acreditar na lei da atração e seguir influenciadores certos”, explicou.
Foi assim que surgiu o Sucateiro Cripto, perfil no qual Bruno realiza lives com convidados para falar sobre Bitcoin e educar as pessoas sobre as melhores formas de investir. Além disso, Bruno também cria publicações mostrando sua rotina na reciclagem de latinhas e também com dicas a respeito do Bitcoin.
Quanto ao negócio de sua mãe, o Sucateiro Cripto teve uma outra ideia para tentar engajar as pessoas a pagarem os pães e bolos em Bitcoin: cashback. A cada compra acima de R$ 100, os clientes recebem R$ 5,00 em cashback pagos em satoshis, através de uma carteira com a Lightning Network. “Com isso, estamos plantando a semente do Bitcoin entre nossos clientes”, afirma Bruno.
Para o longo prazo, Bruno revelou que vai continuar reciclando e acumulando satoshis, apostando no próximo ciclo de alta do Bitcoin. O grande objetivo dele é adquiri uma Kombi, personalizá-la com a temática do Bitcoin e percorrer a cidade e região de São Paulo, oferecendo os produtos da sua mãe em praças, centros das cidades, em frente a faculdades e eventos. Além, claro, de espalhar o uso do Bitcoin.
“Também estou escrevendo um livro infantil sobre Bitcoin para minha filha mais nova só que estou tendo dificuldades com as imagens porque um livro infantil seria mais imagens do que escrita. A história é sobre sucateiro com seu amigo touro (bull) tentando convencer o urso (bear) a deixar de ser vilão”, afirmou.
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