Muitos investidores passaram o último ano estudando formas de entrar no universo do Bitcoin, porém alguns especialistas têm explorado há algum tempo outras criptomoedas como alternativas de investimento. Um artigo publicado pela Washington Post, agência de notícias norte-americana, mostra algumas criptomoedas que, segundo alguns analistas, valem a pena acompanhar em 2018.
Confira as cinco criptomoedas sinalizadas por esses especialistas, mas lembre-se: os riscos em investir em outras criptomoedas são tão grandes quanto investir em Bitcoin, assim como a moeda de Satoshi Nakamoto, esses ativos também são altamente voláteis.
Bitcoin Cash
Você pode pensar no Bitcoin Cash como um irmão mais ágil e mais jovem do Bitcoin. Funcionalmente falando, funciona da mesma maneira. Foi inventado em 2017 depois que vários desenvolvedores que trabalhavam no Bitcoin Core decidiram que não estavam satisfeitos com a direção do projeto principal da moeda digital.
O principal “problema” identificado foi a agilidade com que a rede do Bitcoin poderia processar as transações. A crescente popularidade do Bitcoin congestionou a capacidade da rede, o que significava que, ao longo do tempo, se você queria comprar ou vender algo na rede, você precisava pagar taxas cada vez maiores para que sua transação fosse executada. O Bitcoin fez certas mudanças em seu código para reduzir essas taxas e acelerar as transações, mas ainda assim um grupo de pessoas apoiou o desenvolvimento do Bitcoin Cash.
Se o Bitcoin Cash tornar-se uma moeda digital mais forte e mais popular, poderia trazer problemas para o Bitcoin Core (e suas altas taxas de transação), de acordo com Ryan Selkis, investidor de Bitcoin e fundador da agência de notícias CoinDesk.
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Zcash
Um dos benefícios originais do Bitcoin foi a promessa de anonimato, afinal cada carteira de Bitcoin só pode ser identificada através de uma mescla de letras e números e não através do nome real de uma pessoa. Porém, autoridades policiais e acadêmicas começaram a demonstrar que simplesmente analisando o histórico de transações públicas de um Bitcoin particular seria possível deduzir o seu proprietário. É semelhante à maneira de olhar os registros de localização do celular ou o histórico de navegação na web que podem dar uma indicação de quem é você.
A Zcash tentou resolver esse problema criptografando não só as informações da carteira, como o Bitcoin faz, mas também criptografando informações sobre transações individuais, escondendo-as de modo que os transeuntes casuais não possam determinar quem pagava quem, ou até mesmo quanto.
Monero
Monero é parecida com a Zcash, porém possui um processo adicional de misturar os endereços de remetentes e destinatários com outros possíveis remetentes e destinatários. Em teoria, isso faz com que seja mais difícil que qualquer parte da transação seja identificada: olhando de fora você saberia que uma das várias pessoas listadas na transação estava envolvida, mas você não seria capaz de dizer qual delas. Dessa forma, a Monero promete privacidade através da obscuridade.
Recentemente, a Monero saiu nas manchetes dos jornais como um paraíso para transações criminosas, o que não surpreende visto que o comportamento ilícito tende a buscar abrigo contra a vigilância da lei, e a Monero possibilita a privacidade desejada.
Ripple
Criada em 2012, a Ripple é diferente das outras criptomoedas. Ao invés de ser controlada por uma rede de computadores descentralizados, como acontece no Bitcoin, a Ripple é administrada por uma única empresa com sede na Califórnia, Estados Unidos, que quer transformar a forma como as transações internacionais funcionam.
Hoje, se você quer enviar dinheiro para outro país, a transação pode demorar dias para ser executada. A Ripple promete a liquidação da transação em quatro segundos. Trabalhadores estrangeiros que vivem no Japão já estão usando a plataforma para enviar dinheiro de volta pra Tailândia, de acordo com informações do site da própria Ripple.
Ethereum
O Ethereum é provavelmente o cripto-ativo mais conhecido depois do Bitcoin. Sua moeda digital, também conhecida como ether, permite que os usuários não só executem transações entre si, mas também dão aos titulares acesso à toda uma série de poder computacional distribuído. Ao adquirir Ethereum, os usuários podem ter acesso à uma gama ainda maior de aplicativos se comparado ao Bitcoin.
Enquanto o Bitcoin tem o poder de incomodar as instituições financeiras tradicionais, possibilitando a eliminação da necessidade de grandes bancos e governos, alguns dizem que o Ethereum poderia fazer o mesmo para aplicativos e serviços online. Especialistas chamam o Ethereum de “aplicativo distribuído”, porque a programação por trás dele é escrita e executada de forma colaborativa.
O ponto de partida para escolha de criptomoedas
Existem diversas outras criptomoedas que não foram inseridas nesta lista, incluindo Litecoin e IOTA, por exemplo. Algumas delas podem crescer consideravelmente em 2018, porém, alguns analistas relembrarm os riscos de investir em tecnologias emergentes. Investir em criptomoedas pode revelar-se algo desastroso para aqueles que o fazem sem antes estudar, disse Lou Kerner, investidor de capital de risco da Crypto Oracle. A tecnologia por trás das criptomoedas é o que realmente importa. “90% das pessoas não tem ideia do que essas empresas fazem“, completou Kerner.