O site de notícias norte-americano sobre tecnologia e finanças Bloomberg Technology listou algumas figuras importantes do mercado de criptomoedas e do mercado de finanças e tecnologia que têm mostrado seu apoio ao Bitcoin ou que têm demonstrado oposição à nova tecnologia. Alguns defendem a tecnologia como um bem legítimo, outros acreditam que ela não passa de uma bolha financeira prestes a explodir.
Confira os principais nomes e as suas posições em relação à moeda digital:
Os apoiadores
Os “evangelistas” do Bitcoin são liderados por Roger Ver, conhecido como Jesus do Bitcoin. Ver mostra-se otimista quanto à sustentabilidade da moeda digital em meio às tentativas de contenção da China. “A única maneira de parar o Bitcoin é desligar toda a internet do mundo e mantê-la desligada“, disse ele em uma entrevista para a Bloomberg News, em setembro deste ano.
Alguns países estão aderindo à moeda digital, como por exemplo, o mercado de futuros mais importante da Argentina, o ROFEX, que demonstrou interesse em oferecer aos seus investidores serviços em moedas digitais. Outro caso é o posicionamento de murat Cetinkaya, governador turco, que disse que as moedas digitais podem contribuir para a estabilidade financeira, se houver um plano bem projetado.
Ronnie Moas, fundador e diretor de pesquisa da Standpoint Research, empresa norte-americana de investimentos, acredita que em 2018 o preço do Bitcoin chegará em US$11 mil e em 2027 uma previsão conservadora, na sua opinião, é de que esse preço aumentará para RS$50 mil.
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Os difamadores
Severin Cabannes, vice-presidente do banco europeu Societe Generale SA, disse que o Bitcoin hoje está claramente em uma bolha, em uma entrevista na Bloomberg Television.
A especulação em torno do Bitcoin é a “própria definição de uma bolha“, disse Tidjane Thiam, presidente do Credit Suisse Group, banco Suíço. “O único motivo atualmente para comprar ou vender Bitcoin é ganhar dinheiro“, e tal especulação “raramente levou à um final feliz“, disse Thiam.
A Themis Trading LLC, corretora de ações norte-americana, emitiu sua opinião nesta semana, logo depois do comunicado do Grupo CME sobre seus planos de introduzir futuros de Bitcoin, dizendo que a maior corretora do mundo parecia ter “cedido” a pressão de clientes. “Um futuro de Bitcoin estaria colocando um selo de aprovação em um instrumento muito arriscado e não regulamentado, que tem histórico de fraude e manipulação“, afirmou a corretora em um post em um blog.
Jamie Dimon, o CEO do banco norte-americano JPMorgan Chase & Co., continua a ser um dos maiores adversários do Bitcoin em Wall Street. Dimon disse em outubro deste ano que as pessoas que compram a moeda digital são estúpidas e que os governos vão esmagá-los.
Em cima do muro
Embora a decisão do Grupo CME de oferecer futuros de Bitcoin até o final deste ano pareça ser um aval para a moeda digital, Terry Duffy, CEO do grupo, hesitou quando questionado sobre sua preocupação em relação a uma bolha financeira potencial. “Eu vi muitas bolhas financeiras diferentes nos últimos 37 anos“, disse ele. “Não cabe a mim prever se é ou não uma bolha financeira, o que posso fazer é ajudar as pessoas a gerenciar os riscos“, completou.
Lloyd Blankfein, CEO do banco norte-americano Goldman Sachs, ainda não tem opinião formada sobre o Bitcoin e diz que não está disposto a rejeitá-lo ainda. “Talvez em um novo mundo, as coisas sejam baseadas no consenso“, disse Blankfein.