Durante os últimos meses, os crimes de fraude ligados aos NFTs e a Web3 registraram um aumento considerável, sendo os Rug Pulls, uma das atividades ilegais com maior presença e crescimento dentro do ecossistema blockchain.
Recentemente, Roberto Cardoso, conhecido como “Bobby Comedia”, o “especialista blockchain” David Roa e o investidor da coleção BAYC, José Roa, foram acusados pelo roubo de mais de 3,8 milhões de dólares com vendas de ativos digitais.
Segundo as informações da própria comunidade de Comedy Monsters Club (CMC), os acusados criaram o primeiro clube de comédia com membresia NFT e realizaram a venda de quase 7.000 assinaturas, acabando em um suposto golpe milionário, do tipo Rug Pull.
Estes NFTs foram vendidos a um preço de $500 e ofereciam uma espécie de membresia para participar de diferentes eventos e obter vantagens financeiras, segundo indica o whitepaper do projeto.
Entretanto, estas promessas não foram cumpridas em sua totalidade, gerando grande descontento por parte da comunidade, que afirmam ter encontrado retiros de dinheiro massivos das wallets do projeto, para wallets particulares dos executivos da empresa.
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Comedy Monster Club responde às acusações
Após a longa onda de denúncias e queixas da comunidade sobre o suposto projeto fraudulento, o CEO do projeto, Roberto Cardoso, decidiu emitir um comunicado no qual afirma ter cumprido parte dos compromissos assumidos no road map.
Cardoso garantiu que o clube tem estado “apegado ao cumprimento” do roteiro, realizando o lançamento de um podcast, um show de stand up comedy na Venezuela, diversos shows na Colômbia, além de concursos e jogos nos quais foram entregues 14 ETH dos 50 prometidos pela coleção.
Por outro lado, Cardoso afirma ter ficado sozinho à frente do projeto, desde o passado dia 9 de novembro, através de um acordo feito com os outros dois sócios. No entanto, não foi divulgado o conteúdo do acordo nem os motivos para os irmãos Roa terem abandonado o CMC.
Após a divulgação deste comunicado, a comunidade do projeto realizou um Twitter Space, com a participação de mais de 500 usuários da comunidade ao vivo, além de algumas personalidades do ecossistema para debater os próximos passos dos afetados.
Até o momento de redação desta matéria, a transmissão conta com mais de 14 mil reproduções e diferentes comentários, que avaliam a abertura de uma ação judicial contra os fundadores do projeto por propaganda enganosa e desvio de dinheiro com fins pessoais.