Parece que os desenvolvedores venceram a primeira batalha contra a Bitmain e os mineradores Asic, pelo menos no caso da Monero e de seu algoritmo de consenso Cryptonight Proof-of-Work (PoW). Agora, de acordo com uma reportagem da CCN, agência de notícias internacional, os fabricantes de hardware de mineração começaram a vender suas máquinas Cryptonight ASIC por um preço irrisório depois que o XMR executou um hard fork para manter a resistência aos ASIC.
A atualização na Monero não afetou somente a Bitmain e seu Antminer X3, mas também uma empresa menos conhecida, a Baikal Miners, que também afirmou ter desenvolvido um Cryptonight ASIC, inclusive dias antes do anúncio oficial da Bitmain. Agora, entretanto, como as ASICs têm uma vulnerabilidade crítica – elas não podem ser reprogramadas – consequentemente tornaram-se obsoletas para a Monero e só podem ser utilizadas para mineração de outras moedas baseadas em Cryptonight, no caso Electroneum, Bytecoin e Sumokoin.
Como a demanda para mineração destas moedas não é grande e tampouco a rentabilidade a elas atribuídas, a Bitmain e a Baikal estão sentadas em um monte de dispositivos quase inúteis. No entanto, se por um lado a Bitmain, a maior empresa produtora de Asic e controladora de um dos maiores pool de mineração de Bitcoin do mundo, o Antpool, ela pode suportar perdas com seu dispositivo (embora a Bitmain esteja encabeçando um movimento para a “criação” da Monero Classic), já a Baikal está fazendo um saldão de seus equipamentos, oferecendo cinco mineradoras pelo preço de uma.
O Monero não é a única grande criptomoeda que considerou usar um hard fork para manter a resistência ao ASIC. A Siacoin também fez o mesmo e a Ethereum, a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, iniciou o mesmo debate. Embora Vitalik Buterin, criador e principal desenvolvedor da Ethereum, acredite que não é necessário realizar um hard fork para impedir a Bitmain, tendo em vista que o roteiro do Ether passa pela mudança para outro algoritmo de mineração Proof-of-Stake, (PoS).
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