A Coinbase anunciou uma série de acordos de compras com a Agência de Combate às Drogas (DEA) e a Receita Federal dos EUA (IRS) para disponibilizar uma ferramenta de investigações de criptomoeda chamada “Coinbase Analytics”.
O Coinbase Analytics mantém laços estreitos com todo o ecossistema de produtos da Coinbase, pois seu Gerente de Produto Sênior “colabora” com os serviços Coinbase Consumer, Coinbase Pro e Coinbase Custody. Além disso, o serviço trabalha em conjunto com a divisão de pagamentos e criptoativos da Coinbase, de acordo com uma vaga de trabalho fechada recentemente.
Não ficou claro quanto a Coinbase receberá como pagamento pelas licenças. O contrato com a DEA inclui um subtítulo pouco explicativo. “Requerimento para aquisições limitadas de fontes acima de US$ 10.000, mas não excedendo US$ 250.000”, indicando que o valor pago pode ficar nessa faixa de preço.
Privacidade dos usuários
A união entre a Coinbase e duas das principais agências dos EUA despertou temores a respeito da privacidade. Afinal, o que poderia garantir que a exchange não repassaria os dados dos usuários ao governo sem o conhecimento dos mesmos?
Em uma declaração, a Coinbase disse que o Analytics não utiliza e nunca usou nenhum dado interno do cliente. Os acordos com a DEA e IRS foram assinados em abril e maio, respectivamente, mas só foram liberados em junho.
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“Os dados do Coinbase Analytics são totalmente obtidos a partir de dados on-line e publicamente disponíveis, e não incluem nenhuma informação pessoal identificável de ninguém, independentemente de eles usarem ou não a Coinbase”, disse um porta-voz da exchange.
A Coinbase se junta a um grupo de empresas de análise de criptomoedas – Chainalysis, Elliptic, CipherTrace e outras – que disputam parcerias com serviços federais dos EUA. Agências de todos os setores do governo contratam regularmente empresas de inteligência em criptoativos, fechando acordos com seus softwares de rastreamento no valor de milhões e às vezes prolongando os contratos por anos.
A união entre a Coinbase e o governo norte-americano não é novidade. O diretor jurídico da Coinbase, Brian Brooks, como seu próximo diretor de operações e primeiro vice-controlador do Escritório de Controladoria da Moeda (OCC). A nomeação foi realizada pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin.
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