Apesar de ter atingido, recentemente, seu menor nível em 2018, o cofundador do Ethereum, Joseph Lubin, disse que não vê a recente queda nos preços da criptomoeda como uma restrição ao crescimento do mercado. Em recente entrevista à agência de notícias Bloomberg, Lubin disse que o colapso nos preços não é algo novo pois sempre esteve presente no “ecossistema blockchain desde 2009, quando o Bitcoin foi inventado”.
Lubin destacou ainda que as desvalorizações, com o tempo, serão vistas como pequenas “espinhas” quando o crescimento e adoção da criptomoeda e das soluções em blockchain forem exponenciais e salientou que a queda nos preços não irá reduzir a adoção ou o desenvolvimento de infraestrutura básica para o ecossistema.
Para ele, as “bolhas” de preços fazem parte do ecossistema, que tem pontos positivos e negativos, sendo que cada uma das bolhas experimentadas pelo mercado trouxe mais “atenção ao ecossistema”, explicou ele. A bolha criou uma atenção para a indústria que atraiu empreendedores, desenvolvedores e investimento e a perspectiva de “construir infraestrutura fundamental” e criar mais valor.
“Sentimos o aumento exponencial da atividade em nosso ecossistema. É impressionante o que está acontecendo em termos de diferentes projetos de produtos, em termos de novas tecnologias de escalabilidade; novas equipes e projetos; desenvolvedores que estão entrando em nosso ecossistema; novas grandes empresas que se sentiram confortáveis com nosso ecossistema”, destacou.
Em contraponto a Lubin, Arthur Hayes, CEO da Bitmex, não tem uma opinião favorável em relação ao Ethereum. Para ele, a criptomoeda não passa de uma “shitcoin” e seu preço cairá para menos de US$100 assim que as ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês), que em sua maioria usam tokens ERC-20 e, portanto, são criados na rede Ethereum, forem revelando suas fraquezas e falindo.