Para tentar restaurar o controle de voto na gigante do ramo de mineração de criptomoedas Bitmain, seu cofundador Micree Zhan Ketuan iniciou uma disputa judicial contra os acionistas da empresa.
Conforme reportou o site de notícias Cointelegraph na última sexta-feira, 03 de janeiro, Zhan entrou com uma intimação em um tribunal das Ilhas Cayman em dezembro para que a decisão dos acionistas da Bitmain, que lhe tirou o controle de votos, fosse revertida.
De acordo com o documento, Zhan pediu ao tribunal para invalidar uma votação realizada em novembro durante uma assembleia geral extraordinária que restringiu os direitos do cofundador da empresa. Na ocasião, os acionistas decidiram por converter as ações Classe B, que correspondia a 10 votos, para apenas um voto por ação. Desta forma, a influência de Zhan foi reduzida significativamente.
Afastamento sem consentimento
Agora, quem está à frente da Bitmain é o executivo Wu Jihan, que, em outubro de 2019, disparou um e-mail anunciando que Zhan havia deixado a empresa. Zhan reagiu dizendo que tinha sido afastado como representante geral da empresa sem seu consentimento.
Wu ameaçou os funcionários de demissão ou ação judicial caso eles recebessem instruções de Zhan ou participassem de qualquer reunião convocada pelo cofundador.
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De acordo com um prospecto de oferta pública inicial de 2018, Zhan detinha cerca de 4 milhões de ações B, o que corresponderia ao dobro de Wu, o único outro detentor de ações especiais.
Guerra judicial
Na ocasião, Zhan publicou em sua conta na rede social WeChat uma carta dizendo que retornaria à Bitmain o mais rápido possível para “restaurar a ordem”. Em seu feed, ele postou:
“Vou lutar por ela [Bitmain] até o fim com armas legais. Não permitirei que aqueles que desejam conspirar contra a Bitmain tenham sucesso. Se alguém quiser uma guerra, nós lhe daremos uma.”
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