A Chicago Mercantile Exchange (CME) expandirá o acesso ao investimento em criptomoedas, conforme anúncio divulgado na terça-feira (1). Isso ocorrerá através do lançamento de opções sobre futuros de Micro Bitcoin e Micro Ether em 28 de março.
De acordo com a CME, os novos produtos oferecerão 10% da exposição ao ativo subjacente. No caso do Bitcoin (BTC), cada contrato de opções corresponde a 5 BTC, enquanto os minicontratos correspondem a 10%.
Ampliando o alcance do mercado
Desde o ano passado a CME oferece a opção de minicontratos de futuros tanto para BTC quanto para para Ether (ETH). No entanto, os contratos de opções ainda não tinham essa flexibilidade.
Em valores atuais, 5 BTC valem cerca de US$ 220 mil, valor pouco acessível para o pequeno investidor. Dessa forma, os minicontratos de opções reduzem o preço mínimo de entrada para apenas US$ 22 mil.
Além disso, as novas opções permitirão que os comerciantes expressem visões de longo ou curto prazo com uma escolha de opções mensais. Os contratos de opções da CME são negociados todas as segundas, quartas e sextas-feiras.
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Segundo Tim McCourt, chefe de futuros da CME, os minicontratos futuros de criptomoedas caíram no gosto dos investidores. Em menos de um ano de lançamento quase 5,3 milhões de contratos. Portanto, a bolsa acredita que há demanda para este produto entre as opções.
“Com base na força e na liquidez dos contratos subjacentes, nossas opções de tamanho micro permitirão que traders de todos os tamanhos se protejam com eficiência os eventos que movimentam o mercado, ou ajustem sua exposição ao mercado de criptomoedas”.
Para John Harris, CEO da Akuna Digital Assets, os minicontratos trarão maior flexibilidade aos investidores. Com isso, ele acredita que o mercado tende a receber novos participantes e ficar menos dependente de grandes investidores.
Nenhum ETF físico
A decisão da CME também flexibiliza o mercado de ETFs de criptomoedas, pois seus futuros são os únicos nos quais esses fundos podem se expor. A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) permite apenas a exposição dos ETFs a futuros de criptomoedas.
Contudo, há uma crescente pressão para que a SEC aprove um ETF físico de BTC, que permita a compra direta da criptomoedas. Até o momento da escrita deste texto, a SEC adiou ou rejeitou todas as propostas de aberturas de um ETF nesse sentido.
Dentre os pedidos em análise, o mais relevante é o da Grayscale Investments, maior gestora de criptoativos do mundo, que busca transformar seu Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) em um ETF físico. O fundo possui 643 mil BTC sob custódia, valor que corresponde a US$ 28 bilhões na cotação atual.
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