Os ex-clientes da exchange cripto FTX, da Alameda Research e de dezenas de empresas afiliadas receberam notícias positivas nesta quinta-feira. De acordo com uma nova atualização judicial, a equipe de falências da FTX começará a receber os pedidos de reembolso feito por quem tem criptoativos presos na plataforma.
Essa petição começará ainda este mês e os clientes têm até 29 de setembro para apresentar reivindicações contra a massa falida da exchange. Além disso, o site trará um plano de reestruturação da FTX para os credores possam aprovar ou rejeitar.
A princípio, esta etapa visa somente identificar os clientes que sofreram perdas e quais criptoativos eles possuem presos na exchange. Eventualmente, o tribunal vai estipular as condições e prazos para que todos recebam o reembolso.
Declarando suas perdas na FTX
Cada reivindicação contra a FTX exige que o reclamante especifique o tipo de criptoativo que tem na plataforma. Por exemplo, se é uma criptomoeda, NFT e qual o nome. Quem tiver saldo em moeda fiduciária preso na FTX também deve declarar, desde que o saldo esteja denominado em dólares dos Estados Unidos (USD).
Todo ex-cliente receberá um e-mail contendo um link para o Portal de Reclamações do Cliente. No entanto, os clientes devem ficar atentos ao remetente, se é o Tribunal de Falência dos EUA, para evitar cair em golpes.
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Essa lista de reivindicações não se estende apenas à FTX e à Alameda, mas a outras companhias do Grupo FTX. O tribunal divulgou uma lista das empresas devedoras elegíveis para as reclamações. As filiais da FTX na Europa e no Japão não estão contempladas no novo programa.
Mas isso não fez muita diferença, pois o Japão foi um dos melhores lugares para ser um cliente FTX, devido ao período pós-Mt. Gox. A lei japonesa requer que as exchanges façam uso de custodiantes terceirizados, o que impediu que a falência da FTX local resultasse em grandes perdas de fundos.
Um relatório recente do CEO da FTX, John Ray III, disse que a bolsa deve a seus clientes US$ 8,7 bilhões e recuperou cerca de US$ 7 bilhões em ativos líquidos. Mas a empresa espera chegar aos US$ 10 bilhões em ativos recuperados, o que pode acelerar o processo de reembolso dos clientes.
De fato, o otimismo é tão grande que a FTX já cogita fazer uma reestruturação e voltar ao mercado, apesar do escândalo de novembro de 2022 ter manchado gravemente a imagem da empresa.