O setor de finanças descentralizadas (DeFi) cresceu rapidamente em 2020, ganhando muita popularidade.
Isso porque o ecossistema oferece aos usuários a possibilidade de alto rendimento em um curto período de tempo, bem como empréstimos rápidos.
Por outro lado, atraídos pelo boom de plataformas que têm milhões de dólares em fundos bloqueados, os hackers também viram o DeFi como uma oportunidade de obter grandes lucros.
Com isso, tirando proveito de certas vulnerabilidades.
DeFi e as falhas
Prova disso é que, até agora, cerca de cinco plataformas DeFi sofreram ataques. Sendo que, em alguns casos, os ataques foram recorrentes. Este foi o caso do protocolo bZx, que acumulou uma perda de pelo menos US$ 30 milhões.
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Os ataques revelam que os hackers procuram explorar as fraquezas dos contratos inteligentes dos protocolos. Desta forma, as vulnerabilidades encontradas levantam dúvidas sobre a seriedade de muitos projetos.
A maioria dos protocolos DeFi garantem que são devidamente auditados. No entanto, os diversos incidentes ocorridos apresentam falhas importantes e jogam luz em possíveis fraudes.
Nesse sentido, alguns especialistas indicam que o DeFi pode ser o novo ICO reformulado e com novo nome. Entretanto, igualmente com pouca utilidade.
Casos de violação
O caso mais recente de violação de segurança no ecossistema DeFi aconteceu quando os invasores exploraram uma vulnerabilidade nos contratos inteligentes da plataforma de empréstimo bZx.
Após o ataque, a empresa confirmou a perda de aproximadamente US$ 8 milhões em criptomoedas.
Além disso, quem também foi vítima de um ataque hacker foi o Opyn. O protocolo de financiamento descentralizado perdeu US$ 371 mil em agosto.
Já o protocolo de criação de mercado do Balancer também foi vítima de um invasor em junho passado, perdendo US$ 450 mil.
Outra vulnerabilidade também foi explorada no protocolo de empréstimos instantâneos dForce, Lendf.Me. Neste caso, o ataque resultou na perda de US$ 25 milhões em criptomoedas em abril deste ano.
Esta série de ataques mostra, portanto, que o risco no DeFi não está apenas associado ao embarque em uma aventura financeira, mas também representa um risco técnico.
Assim, a avaliação de vulnerabilidades potenciais no software por trás de um serviço pode ser um pré-requisito a ser implementado pelos usuários antes de se envolver com esses protocolos.
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