O prefeito de Jersey City, Steven Fulop, revelou que o fundo de pensão da cidade investirá parte de seus recursos em Bitcoin (BTC). De acordo com o tuíte de Fulop, o investimento ocorrerá por meio dos ETFs de Bitcoin listados nos EUA, assim como fez o estado de Winsconsin, também nos Estados Unidos.
Fulop confirmou que a cidade alocará uma parte de seu fundo de pensão em BTC, mas não especificou qual será esse percentual. No caso do estado de Winsconsin, a alocação do fundo em Bitcoin foi de 2%.
Independentemente do valor, a decisão reforça que a demanda por Bitcoin entre os grandes investidores segue elevada. E agora com os ETFs, a tendência é que mais fundos do tipo consigam adotar a criptomoeda.
Jersey City adotará ETFs de Bitcoin
A decisão de Jersey City de comprar Bitcoin via ETFs indica claramente que a cidade está aberta a aceitar e integrar criptomoedas. Já Fulop declarou que as criptomoedas e a blockchain estão entre as “mais importantes revoluções tecnológicas desde a Internet”.
De acordo com ele, o fundo de pensão de Jersey City está em processo de protocolar novos documentos na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Com isso, processo deve ser concluído até o final do verão.
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Por outro lado, Fulop reconheceu que as criptomoedas ainda possuem muita volatilidade. Ao mesmo tempo, ele enfatizou a importância da blockchain como uma tecnologia revolucionária.
Em maio de 2024, o fundo de pensão de Wisconsin (SWIB, na sigla em inglês) investiu 2% de seu portfólio em ETFs de Bitcoin. Na época, isso resultou numa compra total de mais de US$ 160 milhões em cotas de ETFs.
De acordo com o relatório do fundo, entre 01 de janeiro e 31 de março o SWIB comprou aproximadamente US$ 99 milhões em ETFs de Bitcoin da Blackrock e cerca de US$ 64 milhões em ETFs de Bitcoin da Grayscale. Já o fundo de Jersey City não revelou qual valor pretende alocar.
Expansão dos ETFs e interesse institucional
A decisão de Jersey City segue uma tendência de crescente aceitação do Bitcoin entre investidores institucionais nos EUA. Essa tendência começou em 2020 com a MicroStrategy, mas se aprofundou com a aprovação dos ETFs em janeiro.
Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, já declarou que era apenas uma questão de tempo até que o Bitcoin fosse incluído nos portfólios de fundos de pensão dos EUA. E sua previsão segue se confirmando à medida que novos fundos passam a comprar os ETFs.
Utilizar ETFs é a maneira mais eficiente nesse caso, pois os fundos de pensão não costumam ter autorização para comprar os ativos diretamente. Por isso, eles não podem ter uma hardware wallet e guardar seus BTC sob custódia própria.
Atualmente, os fundos de pensão dos EUA possuem mais de US$ 27 trilhões em ativos sob gestão. Se apenas 2% desse valor entrar no Bitcoin, significa US$ 540 bilhões entrando nesse mercado, o que representa quase metade do valor de mercado atual do BTC (US$ 1,3 bilhão).
Em meio a essas notícias, o preço do BTC chegou a cair para US$ 63.473,47 na quinta-feira (26), mas teve uma forte recuperação. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda teve alta de mais de 5% e superou os US$ 67.000.
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