O preço do Bitcoin (BTC) ultrapassou a marca de US$ 108 mil nesta semana, e o analista Willy Woo declarou que o mercado está diante de um novo choque de oferta no mercado.
Em uma publicação na rede social X, Woo afirmou:
“Bem-vindos ao terceiro grande choque de oferta de Bitcoin.”
Segundo Woo, os dois outros choques significativos ocorreram em 2012 e 2020, precedendo fortes ondas de valorização da moeda digital. Ele acredita que o cenário atual marca o início de uma nova e substancial alta de preços, com o ativo atraindo ainda mais interesse de investidores e instituições.
Um choque de oferta de Bitcoin acontece quando há uma redução na quantidade de BTC disponível para venda no mercado. Isso geralmente ocorre devido à acumulação por parte de grandes investidores ou à decisão de hodlers de manter suas moedas, reduzindo o volume circulante.
Como o Bitcoin possui um limite de 21 milhões de unidades, qualquer redução na oferta disponível intensifica sua escassez. A teoria econômica básica explica que, com a oferta reduzida e a demanda constante ou em crescimento, o preço tende a subir.
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Nesse contexto, Woo prevê que esse novo choque pode levar o Bitcoin a novos patamares de valorização, especialmente com a entrada de instituições e governos no mercado.
Bitcoin na mira dos governos
O analista destacou que empresas estão copiando a estratégia da MicroStrategy, uma gigante do setor de software que possui 439.000 BTC em reservas. Recentemente, a empresa entrou na lista do Nasdaq 100, consolidando-se como a maior detentora corporativa de Bitcoin no mundo.
Além disso, Woo alertou que governos podem estar acumulando Bitcoin discretamente, com destaque para os Estados Unidos. O presidente eleito Donald Trump já manifestou interesse em transformar os confiscos de Bitcoin em ativos estratégicos de reserva.
Nos EUA, há ainda um projeto de lei para a compra de 1 milhão de BTC. Esse movimento já inspira propostas semelhantes em outros países, incluindo o Brasil, ampliando a pressão na oferta da moeda digital.
Combinando o choque de oferta e o aumento da demanda institucional, Woo prevê que o mercado está entrando em uma dinâmica semelhante às de 2012 e 2020, quando a quantidade de Bitcoin disponível nos exchanges diminuiu enquanto a procura disparava.
Projeções de especialistas apontam que o pico do ciclo atual poderá ocorrer em 2025, com preços entre 140.000 e 250.000 dólares. Empresas como Bitwise e Bitcoin Suisse sugerem que, em caso de um superciclo, o preço pode alcançar níveis ainda mais altos.
