Segundo artigo publicado pela Cointelegraph, agência de notícias especializada no universo cripto, a China é a nação com o maior número de patentes do mundo relacionadas à tecnologia blockchain, desbancando países importantes no processo de liderança do mercadode blockchain, como Malta e Suíça. A China, embora amigável à blockchain, não é tão simpática com as criptomoedas e tem adotado inúmeras restrições para o mercado das moedas digitais como um todo.
Para reforçar este este dado, recententemente, a Tunlan Investment, em cooperação com o governo chinês, lançou o Blockchain Industrial Park em Hangzhou, visando investir mais de US$1,6 bilhão em projetos relacionados à blockchain, 30% dos quais serão financiados pelo governo local. De acordo com a Thomson Reuters e a organização mundial de patentes intelectuais, a China tem cerca de 400 patentes relacionadas à tecnologia, que acumulou nos últimos dois anos. Os EUA e a Austrália têm o segundo maior número de patentes de projetos de blockchain, com 110 e 40, respectivamente.
A recente iniciativa introduzida pelo governo chinês para financiar projetos de blockchain dentro da China contradiz diretamente sua decisão de proibir o comércio de criptomoedas há sete meses atrás. O pesquisador do banco popular da China (PBoC, na sigla em inglês) e professor da universidade central de finanças e economia Huang Zhen explicou:
“O Estado soberano ainda é o ator fundamental na política global e traz consigo as características do sistema financeiro mundial. Criptomoedas e outras moedas virtuais tentam desafiar o direito do Estado soberano de emitir moeda, exigindo a nacionalização da emissão de moeda. A China tem uma compreensão clara das formas digitais de dinheiro e está ativamente engajada em trabalhos relevantes. O banco central criou um um instituto de pesquisa sobre dinheiro digital para explorar a digitalização do dinheiro soberano.”