A quinta-feira (19) trouxe mais volatilidade aos mercados internacionais, com o minério de ferro desabando de preço na Ásia. o metal caiu 12% em Cingapura e 7% em Dalian, na China.
Como resultado, as ações das principais empresas do setor de siderurgia registraram fortes perdas. Os destaques negativos foram as ações da Usiminas (USIM5) e Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), bem como da mineradora Vale (VALE3), que operam em forte queda no pregão da B3.
Até o fechamento desta matéria, as ações caíam 5,91%, 5,08% e 5,58%, respectivamente. A Vale, por exemplo, caiu abaixo dos R$ 100,00 registrados no fim do pregão da quarta-feira (18). Foi a primeira vez desde abril que a ação foi cotada abaixo de R$ 100,00.
China aperta cerco contra mineradoras – de ferro
Do mesmo modo que ocorreu na chamada “Grande Migração“, a China voltou a pressionar mineradoras que atual no país. Dessa vez, porém, o setor afetado foi a mineração de ferro, que, ao contrário da mineração de BTC, não foi expulso do país.
Não obstante, o governo chinês tem pressionado as mineradoras a reduzirem a produção de ferro, sob a justificativa de combater os impactos ambientais da atividade. A produção de julho encerrou abaixo dos meses anteriores, indicando que a medida começa a fazer efeito.
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Como resultado, a China também deve reduzir a demanda pelo minério, algo que afeta diretamente o Brasil. No caso da Vale, a China responde por 20% de todas as vendas da empresa, e a redução na demanda pode impactar diretamente os lucros da companhia.
Porém, o preço do minério de ferro também impacta diretamente os resultados da Vale. Atualmente, o preço da tonelada está cotado a US$ 132,66, após chegar a beirar os US$ 240 em maio. Ou seja, o minério teve uma queda de quase 50% em menos de três meses. Nesse mesmo período, as ações da Vale caíram 10,8%.
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