A China planeja limitar o uso de energia por alguns mineradores de Bitcoin, conforme relatado por algumas pessoas familiares ao assunto, o desafio é grande perante à indústria cujas redes de alto poder computacional e alto consumo de energia possibilitam as transações do universo das criptomoedas.
De acordo com o artigo publicado pela Bloomberg, agência de notícias norte-americana, o Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês) esboçou o plano nesta quarta-feira, 03 de janeiro, em uma reunião particular na qual seus participantes não puderam ser identificados. Não foi detalhado ainda como as autoridades planejam decretar os limites.
As autoridades chinesas estão preocupadas com o fato dos mineradores de Bitcoin terem aproveitado os baixos preços de energia em algumas áreas do país, afetando assim a normalidade de uso de eletricidade em alguns casos. Autoridades locais foram convidadas a investigar o alto consumo de energia associado à indústria. As restrições também envolverão outros reguladores, como a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma responsável pela supervisão do fornecimento de energia no país.
Apesar da proposta de restrições não parecer ter um efeito notável na velocidade das transações da rede do Bitcoin, ela pode chamar a atenção global para preocupações em torno do aumento do consumo de energia pelos mineradores da moeda digital. Atualmente, a indústria das criptomoedas utiliza a mesma quantidade de energia que 3.4 milhões de famílias norte-americanas, de acordo com o Digiconomist Bitcoin Energy Consumption Index. A China é a residência de alguns dos maiores mineradores de Bitcoin do mundo, alguns deles estão localizados em torno das instalações hidrelétricas nas províncias de Sichuan e Yunnan.
O Banco Popular da China ainda não respondeu aos questionamentos da mídia em relação às medidas de restrição que estão sendo planejadas. Um relatório divulgado nas redes sociais nesta quarta-feira dizendo que a China exigiu que os mineradores fechem suas operações é falso, afirmou a revista chinesa Caixin citando como fonte de informação uma “pessoa autorizada“, e completou que a sua fonte disse inclusive que o PBOC não realizou nenhuma reunião nesta quarta-feira, dia 03 de janeiro.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
O receio da China em relação ao mineradores de Bitcoin segue a linha das medidas de repreensão em relação à criptomoeda iniciada em 2017. As autoridades proibiram as ofertas iniciais de moedas (ICOs) em setembro e interromperam as atividades das corretoras de criptomoedas em território nacional.