O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, indicou que as polêmicas vendas dos tokens XRP (cuja maior parte da oferta está sob controle da empresa) representam uma parte significativa da lucratividade da Ripple.
“Não seríamos lucrativos ou sequer teríamos fluxo de caixa positivo [sem vender XRP]”, disse Garlinghouse ao jornal britânico Financial Times na sexta-feira, 28 de fevereiro.
“Bem, o XRP é uma fonte [de renda]. Não sei como responder, porque se você tirasse nossas receitas de software, isso nos tornaria menos rentáveis. Se você tirasse todo o nosso XRP, isso nos tornaria menos rentáveis. Não pense nisso como uma coisa “, acrescentou Garlinghouse.
Em resposta à matéria do Financial Times, o negociador e analista de criptomoedas Luke Martin escreveu um tuíte nesta segunda-feira, 02 de março, afirmando que a Ripple “permanece viva ao “despejar o XRP no público”.
Notavelmente, conforme relatou o CriptoFácil em janeiro, as vendas totais de XRP caíram 80% no quarto trimestre de 2019. O declínio acentuado foi o resultado de uma queda nas vendas institucionais diretas, bem como uma pausa nas vendas programáticas de XRP para exchanges de criptomoedas.
Incentivando clientes com o XRP?
Curiosamente, Garlinghouse também revelou que as empresas que usam as soluções da Ripple são incentivadas, dependendo da “forma, tamanho e tipo e qual a prioridade”.
De fato, na semana passada, um dos clientes da Ripple, a empresa de remessas MoneyGram, divulgou que recebeu US$11,3 milhões de investimentos da Ripple durante o terceiro e o quarto trimestre de 2019. Notavelmente, esse valor foi pago no XRP, observou a MoneyGram em um documento 10-K apresentado na sexta-feira, 28 de fevereiro.
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“A Companhia é compensada pela Ripple no XRP por desenvolver e trazer liquidez para os mercados de câmbio, facilitada pela plataforma ODL [Ripple On-Demand Liquidity] e por fornecer um nível confiável de atividade de negociação de câmbio. Referimos essa compensação como mercado taxas de desenvolvimento.”
A MoneyGram observou ainda que contabiliza os XRP recebidos como “ativos intangíveis de vida indefinida, que são medidos com base no valor justo de mercado do XRP”.
“Qualquer liquidação futura desses ativos intangíveis de vida indefinida resultará em ganhos ou perdas de capital e será registrada em ‘Ocupação, equipamento e suprimentos’ na Demonstração consolidada das operações”, acrescentou a MoneyGram.
A empresa disse ainda que espera que a parceria da Ripple ajude a reduzir as necessidades de capital de giro e gerar ganhos e fluxos de caixa adicionais. O contrato da Ripple com a MoneyGram está programado para expirar em 1º de julho de 2023, conforme a declaração de 10-K.
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