O CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, disse que os negociantes de criptomoedas que são céticos sobre seu compromisso com o Bitcoin estão redondamente enganados.
Em uma nova entrevista com o CEO da Real Vision, Raoul Pal, Saylor disse que está tão otimista com o poder do BTC de servir como porto-seguro que não consegue acreditar que há pessoas dispostas a vendê-lo para ele.
“Quem são essas pessoas que estão me vendendo? Não acredito que alguém está disposto a me vender. Mas estou agradecendo minhas estrelas da sorte. Eu estou tipo, me bata de novo, me bata de novo, me bata de novo”, disse.
Comprando muito Bitcoin
Desde que anunciou o investimento de sua empresa, Saylor diz que os defensores de criptoativos e investidores deram a entender que ele tem “mãos fracas”. Mas, segundo ele, nada poderia estar mais longe da verdade.
“Eu vejo esses caras na área de criptomoedas do Twitter. E eles dizem, ‘Sim, Saylor vai comprá-lo e ele vai jogar fora. Ele vai comprá-lo e depois comprar outra empresa com ele. Ele vai comprar até obter o lucro e fazer o que for'”, argumentou.
Contudo, segundo o mega investidor, estas pessoas não entendem a mentalidade de um grande investidor.
“Existem muitos comerciantes no mercado. Eles não entendem a mentalidade de guardar por muito tempo. Estou comprando para o cara que vai trabalhar para o cara que vai ser contratado pelo cara que vai assumir o meu trabalho daqui a 100 anos. Eu não estou vendendo”, frisou.
Assim, Saylor disse que o Bitcoin é um ativo muito melhor para o longo prazo do que o ouro. Isso porque é mais líquido do que o metal precioso e seu preço independe de quantas pessoas entram no espaço.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
“Quando o preço do ouro chega a US$ 50.000 a onça e centenas de bilhões de dólares são investidos na mineração de ouro. Eles vão dobrar ou triplicar a produção de ouro. Eles vão baixar o preço, mas o custo variável de produção de ouro será de US$ 2.000 a onça. O preço será de US$ 50.000 a onça. O preço do ouro vai cair na sujeira”, disse.
Investimento
Ele afirmou que esse movimento aconteceu muitas vezes nos últimos cem anos. Além disso, como exemplo, citou o preço do petróleo durante a explosão do fraturamento hidráulico.
“Produzíamos cinco milhões de barris de petróleo neste país por dia e todos diziam ‘Meu Deus, o preço do petróleo vai para US$ 100 o barril.’ É uma crise. Nós travamos guerras por causa disso. Lutamos em guerras para proteger nossos interesses petrolíferos porque pensávamos que o mundo ocidental seria sufocado até a morte se não tivéssemos acesso a petróleo barato da Arábia Saudita. Então o que aconteceu? O preço do petróleo subiu. Quando chegou a US$ 100 o barril”.
Nesse sentido, ele lembrou que quando o barril chegou a US$ 100 os grandes bancos começaram a fazer conferências com indivíduos de alto patrimônio líquido.
Nesses encontros, os grandes bancos diziam:
“Você sabe que há uma oportunidade de investir bilhões de dólares nessas novas operações de fracking e eles podem produzir petróleo por US$ 45 o barril ou US$ 30 o barril e o preço é US$ 100 o barril e podemos vendê-lo por US$ 70 ou US$ 80 ou US$ 90 o barril”, lembrou Saylor.
Leia também: Bilionário compara: “ter Bitcoin é como investir cedo no Google ou na Apple”
Leia também: Grandes exchanges apresentam problemas quando Bitcoin sobe
Leia também: Bitcoin acima de US$ 13 mil é instável, aponta trader