Em meio à pressão inesperada da Mastercard por uma patente na qual descreve um sistema bancário de “reservas fracionárias” para criptoativos, o CEO da Visa afirmou que as criptomoedas não são uma ameaça pertinente à estabilidade dos sistemas financeiros legados.
Em um artigo publicado pela agência de notícias News BTC, meses depois de afirmar que o “sol se pôs” para os criptoativos, Jim Cramer, ex-gerente de fundo de hedge, conversou com Al Kelly, CEO da Visa, sobre a ambição da empresa processadora de pagamento de entrar na criptosfera.
Cramer perguntou primeiro a Kelly se sua empresa considera as criptomoedas como um desafio à hegemonia da Visa no mundo financeiro. Respondendo, Kelly afirmou:
“Certamente não a curto ou médio prazo, de qualquer forma, pois acho que o mercado precisa acreditar que as criptomoedas estão deixando de ser commodity para realmente serem instrumentos de pagamento. Também é preciso um mercado para que elas possam tornar-se um pouco mais parecidas como a moeda fiduciária para que possamos estar confortáveis com isso.”
Embora os comentários do CEO parecessem céticos na melhor das hipóteses, Kelly acrescentou que se os criptoativos fossem bem-sucedidos, ele estaria aberto a pressionar a Visa a “seguir nessa direção”, uma vez que a corporação multinacional pretende atuar como um dos principais meios financeiros do mundo. No entanto, o tradicionalista aludiu ao fato de que ele ainda não é totalmente adepto à ideia de criptomoedas, expressando que essa inovação continua sendo uma commodity aos olhos da Visa.
Ele elaborou o seguinte comentário:
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“Se tivermos que ir lá (para as criptomoedas), nós iremos para lá, mas agora, é mais uma commodity do que um veículo de pagamento.”
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