A Mantra, plataforma de tokenização responsável pelo token OM, deve queimar até 16,5% da oferta total do seu token. E nesse sentido, o CEO da empresa foi o primeiro a tomar uma atitude, destruindo 100% do total de OM que ele possui.
De acordo com o anúncio da rede, o objetivo da queima é aumentar as recompensas de staking. A proposta envolve queimar até 300 milhões de seus 1,8 bilhão de tokens. Com isso, a equipe planeja reduzir o índice de vinculação de 31,47% para 25,30%.
Dos 300 milhões de tokens OM que a rede planeja queimar, 150 milhões estão nas mãos de John Patrick Mullin, fundador da rede. A preços atuais, o valor corresponde a cerca de US$ 80 milhões, e Mullin prometeu queimar todos os tokens.
Já os outros 150 milhões de tokens pertencem a “parceiros do ecossistema” e também serão queimados. Mas a rede não divulgou mais detalhes de como esse processo ocorrerá.
Conforme noticiou o CriptoFácil, o token OM desabou 90% na semana passada após suspeitas de manipulação de preço e até de um golpe. A equipe da Mantra negou envolvimento na ação, mas disse que vai tomar todas as providências para compensar quem sofreu perdas.
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Cortando na carne
Os tokens de Mullin fazem parte da alocação feita após o lançamento da Mantra em outubro. Parte da equipe recebeu tokens OM e Mullin ficou com um valor considerável. Mas com a queima, o CEO da rede vai abrir mão dos seus tokens – e do valor que eles ainda possuem.
De acordo com a rede, a queima ocorrerá em 29 de abril, quando os tokens atingirem o endereço de queima da rede. Eles não serão destruídos, mas ninguém mais poderá utilizá-los.
“O processo de desbloqueio de 150 milhões de tokens do grupo de Colaboradores da Equipe e do Core já começou”, afirmou a equipe.
A medida segue a queda brutal de 90% no preço do OM em 13 de abril, que eliminou mais de US$ 5 bilhões em valor de mercado em poucas horas. A equipe da Mantra atribuiu a queda a “liquidações imprudentes” realizadas por corretoras na época.
Mantra em xeque
A Mantra permite que os usuários tokenizem ativos do mundo real (RWAs), como imóveis e commodities, permitindo investimentos digitais em ativos tangíveis. O token OM facilita transações e governança.
Em janeiro, a Mantra firmou parceria com o DAMAC Group, um conglomerado sediado nos Emirados Árabes Unidos, para tokenizar US$ 1 bilhão em ativos, incluindo imóveis, hospitalidade e data centers, impulsionando o valor do token OM.
Antes do colapso, o OM esteve entre os tokens que mais haviam ganho valor em 2024, com alta superior a 400% no ano. Mas a força do movimento de queda intrigou traders e investidores, que chegaram a suspeita de um possível golpe aplicado pela equipe.
O preço do OM caiu 3,3% nas últimas 24 horas, apesar do anúncio de queima, o que indica uma forte queda na confiança dos investidores. Seu preço chegou em US$ 0,52 e voltou a atingir uma mínima histórica.