Foto: Binance
A unidade da Binance nos Estados Unidos, a Binance.US, acaba de perder seu CEO. Na tarde desta sexta-feira (6), Brian Brooks deixou abruptamente o cargo de diretor executivo. No Twitter, Brooks informou sobre sua saída e alegou “diferenças estratégicas”:
“Informando a todos que renunciei ao cargo de CEO da Binance.US. Apesar das diferenças quanto à direção estratégica, desejo muito sucesso aos meus ex-colegas. Coisas novas e empolgantes que estão por vir!”.
O CEO da Binance global, Changpeng Zhao, o CZ, comentou também na rede social sobre a saída de Brooks. Em sua declaração, ele afirmou que continua “confiante” nos negócios da subsidiária.
Além disso, ele garantiu que a saída de Brooks não afetará os usuários “de forma alguma”. Isso porque a empresa continuará a oferecer os melhores produtos e serviços.
“O trabalho de Brian para Binance.US tem sido inestimável. Esperamos que ele continue a ser uma parte integrante do crescimento da indústria de criptomoedas, defendendo regulamentações que impulsionam nosso setor. Desejamos a ele o melhor em seus empreendimentos futuros”, escreveu CZ.
Brian Brooks atuou como chefe interino do Escritório do Controlador da Moeda (OCC) sob a administração de Donald Trump. Antes disso, ele foi o diretor jurídico da exchange de criptomoedas Coinbase.
Brooks foi contratado como novo diretor executivo da Binance.US em abril deste ano, ou seja, há aproximadamente quatro meses.
A renúncia de Brooks ao cargo de CEO da Binance.US ocorre cerca de um mês depois que Ricardo da Ros, diretor da exchange no Brasil, deixou o cargo.
Na ocasião, conforme noticiado pelo CriptoFácil, ele alegou um “desalinhamento de expectativas”.
“Houve um desalinhamento de expectativas sobre meu papel e tomei a decisão de acordo com meus valores pessoais. O time da Binance Brasil é excelente e a empresa tem ótimos produtos e serviços”, escreveu Da Ros no LinkedIn.
As saídas de Da Ros e Brooks acontecem em um momento em que a Binance sofre o escrutínio dos reguladores quanto à legalidade de suas operações.
Países como Reino Unido, Japão, Canadá, Ilhas Cayman e Itália emitiram comunicados alertando sobre a irregularidade das atividades da corretora.
No Brasil, as operações não sofreram nenhum tipo de restrição ou mudança até o momento. No entanto, a empresa já foi acusada pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) de operar ilegalmente no Brasil.
A pressão regulatória fez com que a exchange começasse a adotar uma abordagem mais proativa em relação à conformidade regulatória global.
Entre outras coisas, a Binance já reduziu limites de operação para contas sem verificação de identidade (KYC) e reduziu os níveis de alavancagem na plataforma.
Ademais, a empresa suspendeu ofertas de derivativos em regiões da Europa e em Hong Kong.
Recentemente, CZ também disse estar procurando um substituto para o cargo de CEO e que pretende deixar a posição. A decisão é motivada pela recente enxurrada de investidas regulatórias.
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