A Cardano anunciou o lançamento do Cardinal, um protocolo que conecta o Bitcoin ao DeFi. A novidade busca atrair liquidez do Bitcoin e permitir que o BTC seja usado diretamente em aplicações DeFi dentro do ecossistema Cardano.
De acordo com o anúncio, o Cardinal promete transformar a forma como o BTC interage com contratos inteligentes, eliminando intermediários e preservando a segurança do Bitcoin. A Input Output Global (IOG), equipe responsável pela Cardano, desenvolveu a tecnologia baseada em HTLCs do Bitcoin, contratos inteligentes da Cardano e BitVMX, para garantir execuções verificáveis fora da cadeia.
O sistema permite encapsular qualquer UTXO do Bitcoin e criar uma versão “embrulhada” utilizável on-chain, com segurança reforçada por multisassinaturas MuSig2.
De acordo com Romain Pellerin, CTO da IOG, o modelo atual de wrapped BTC impõe riscos ao depender de custodiantes e federações centralizadas. Desse modo, o Cardinal muda esse paradigma. “Sem rehipoteca. Sem concessões. Transparência total”, afirmou.
Já há um ordinal do Bitcoin encapsulado e liberado com sucesso nas redes principais de Bitcoin e Cardano. Trata-se de um marco técnico essencial para a interoperabilidade entre as duas blockchains.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Cardano quer conectar Bitcoin ao DeFi
No entanto, o protocolo ainda está em fase inicial.
“Ainda não está pronto para produção”, explicou Pellerin.
A versão 1.0 será lançada com melhorias importantes.
Com o Cardinal, os usuários de BTC terão acesso direto a oportunidades de empréstimo, staking e rendimentos dentro do ecossistema Cardano, sem comprometer a segurança.
O foco está na liquidez. A Cardano quer capturar valor do Bitcoin e destravar fluxos de capital entre redes. Essa integração reforça sua ambição de se tornar referência em soluções cross-chain no setor DeFi.
O Cardinal cria ativos embrulhados — como NFTs ou tokens — que mantêm paridade 1:1 com o BTC original, circulam em cadeia e liberam o valor quando queimados, preservando sempre a proveniência e o controle dos ativos.
A chegada do Cardinal acontece em um momento de maior desconfiança com plataformas centralizadas, após diversas falências no setor. Isso aumenta o apelo por alternativas descentralizadas e seguras, como o novo protocolo da Cardano.
Com taxas mais baixas e contratos auditáveis, a Cardano quer se destacar frente à Ethereum, que ainda sofre com altos custos de transação e complexidade.
Embora o token ADA tenha caído cerca de 16% no último mês, a comunidade aposta que o Cardinal pode reverter a tendência. O nível de US$ 0,66 serve como zona de suporte, segundo analistas.