A Cardano deu um passo decisivo em direção à escalabilidade nesta semana ao lançar o Hydra Node 1.0.0, uma atualização que promete revolucionar a capacidade de sua blockchain. A Input Output desenvolveu a novidade para que a rede processe até 1 milhão de transações por segundo, reduza custos e aumente a velocidade de operação a níveis inéditos no setor.
O Hydra é um protocolo de segunda camada que opera fora da blockchain principal, utilizando as chamadas Hydra Heads para processar operações paralelas. Essa abordagem permite que o sistema execute múltiplas transações simultaneamente, sem congestionar a rede principal.
De acordo com a equipe de desenvolvimento, a atualização cria uma base sólida para futuras otimizações e novas funcionalidades que devem ser incorporadas nos próximos meses.
Nos primeiros testes, o Hydra atingiu um desempenho médio de 650 mil transações por segundo, superando com folga redes como Ethereum, Solana e Avalanche. Os engenheiros da Cardano afirmam que a tecnologia ainda não atingiu seu limite máximo e que novos ajustes poderão elevar a eficiência ao patamar de 1 milhão de transações em condições ideais.
Cardano quer reconquistar o espaço perdido
Com o Hydra, a Cardano busca fortalecer seu ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), permitindo operações com taxas mais baixas e maior fluidez. O protocolo integra provas de conhecimento zero (zero-knowledge proofs) para garantir mais privacidade e segurança nas transações, fortalecendo sua competitividade frente a blockchains de contratos inteligentes.
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O fundador da Cardano, Charles Hoskinson, afirmou que o Hydra representa um marco técnico e um sinal claro de maturidade do projeto. De acordo com ele, ver o protocolo ganhando adoção significativa ao longo de 2026.
“O Hydra foi pensado para escalar o que já é sólido. Temos um produto de produção pronto e confiável”, disse Hoskinson.
Além do Hydra, a Cardano lançou uma série de atualizações complementares para melhorar a interface de programação (API) e corrigir falhas em depósitos parciais e em operações incrementais. Além disso, o desenvolvedor Sebastien Guillemot também revelou avanços no Starstream, uma máquina virtual baseada em zero-knowledge (zkVVM) que deve entrar em operação em 2026.
De acordo com Guillemot, o objetivo do Starstream é permitir contratos inteligentes que preservem a privacidade e sejam resistentes a ataques quânticos.
“Queremos contratos UTXO privados e prontos para produção no próximo ano”, disse o desenvolvedor, destacando que a equipe trabalha intensamente para alcançar essa meta.