Usar a tecnologia Blockchain para alcançar metas de desenvolvimento é um fenômeno que tem ganhado popularidade entre os países em desenvolvimento espalhados pelo mundo, em que a infra-estrutura básica ainda é uma necessidade primária dos cidadãos. Na maior parte da África, infra-estruturas como eletricidade, água potável, estradas de acesso, Internet, entre outras, não estão disponíveis, não por falta de recursos, mas devido à ausência de processos técnicos e administrativos transparentes e seguros.
O serviço de Internet é um dos elementos tecnológicos necessários e mais importantes para que qualquer nação mantenha um avanço, porém muitos países em desenvolvimento ainda estão fora desta oportunidade de promoção econômica.
O provedor de Internet de alta velocidade, a Cajutel, está usando a tecnologia Blockchain como ferramenta para levantar capital para o desenvolvimento de serviços de internet na Guiné-Bissau e na Guiné. O CEO da Cajutel, Andreas Fink, explica que sua empresa aderiu à tecnologia Blockchain e à uma oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês) para disponibilizar oportunidades de investimento aos investidores menores. Isso tornou-se necessário devido à dificuldade existente em conseguir que grandes investidores, inclusive de capitais de risco, adotem o projeto usando os processos tradicionais existentes.
De acordo com Fink, a ICO da sua empresa é diferente das outras porque, no caso da Cajutel, as ações da empresa são trocadas por criptomoedas. Isso implica que os investidores recebem a oportunidade de benefícios de investimento de longo prazo, pois a compra de tais ações automaticamente qualifica um investidor como acionista da empresa. “No nosso caso, estamos usando a ICO de forma mais tradicional, o que significa que estamos arrecadando fundos em troca de ações da empresa, porque no final do dia você terá investidores que colocam dinheiro e esperam retornar“, disse o CEO da empresa.
Como ferramenta para o desenvolvimento nacional, a Cajutel está buscando um investimento de US$30 milhões para a Guiné-Bissau e a Guiné (o grande plano), ou um mínimo de US$12 milhões para um plano de construção mais lento cobrindo somente a Guiné-Bissau. Este é um alvo que a empresa planeja usar para alcançar o que descreve como um processo revolucionário de construção de nação, considerando o fato de seus concorrentes serem duas operadoras, a MTN e a Orange, que oferecem velocidades de Internet limitadas.
A intenção da Cajutel é de construir uma rede de acesso de banda larga mais rentável e fornecer comunicações de última geração para seus clientes, criando assim um grande impulso para a educação e para a economia. A empresa também planeja oferecer uma comunicação Internet acessível e confiável para o mercado local e está focada em fornecer a rede de dados móveis de melhor desempenho para a Guiné-Bissau e a Guiné.
“A Cajutel será o fornecedor de Internet mais rápida disponível ao público, superando os operadores existentes com um preço pelo menos 30% mais barato…menos de 2% da população têm acesso à internet hoje. Portanto, há 98% disponíveis para serem agarrados por nós “, diz Fink.
O fenômeno da globalização é essencialmente lubrificado pela tecnologia da Internet, portanto, para fins de crescimento e desenvolvimento nacional e regional, a Internet é uma ferramenta essencial. A África e o resto do mundo em desenvolvimento estão implementando a Blockchain como uma ferramenta para permitir-lhes recuperar o atraso em relação ao resto do mundo, em termos de desenvolvimento de infra-estrutura. Isto é amplamente conseguido através da redução do nível de interferência administrativa humana e defeituosa, uma vez que a Blockchain garante processos de trabalho transparentes e seguros.
Para mais informações, acesse:
Site: http://www.cajutel.gw/
Whitepaper: https://cajutel.gw/whitepaper.pdf
Bitcointalk: https://bitcointalk.org/index.php?topic=2091517.0
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=BI3Y0D4XMGs