Vitalik Buterin, cofundador do Ethereum, compartilhou um artigo expondo sua visão sobre o futuro das carteiras digitais. Ele destacou a importância de segurança, privacidade e uma experiência de usuário aprimorada. Assim como apresentou algumas ideias para agilizar a comunicação entre carteiras e sugestões para proteger os usuários de carteiras de criptografia contra fraudes e erros.
5 pontos de Buterin
Um dos maiores especialistas em blockchain do mundo, Buterin é programador de formação, tem 30 anos e é visto como um visionário. O russo revolucionou a indústria ao conseguir implementar o conceito de contratos inteligentes e aplicativos descentralizados dentro da Ethereum. Apesar da pouca idade, exerce forte influência dentro do mercado de criptomoedas e sua visão sobre a tecnologia blockchain reverbera bastante, incluindo, o que ele acha das carteiras de criptomoedas.
Privacidade, velocidade e facilidade
Em sua publicação mais recente no seu perfil no X.com, Vitalik Buterin compartilhou o artigo “What I would love to see in a wallet” (O que eu gostaria de ver em uma carteira – em tradução livre). Trouxemos um resumo dos principais pontos.
“Agora é a hora de começar a levar a privacidade no Ethereum muito mais a sério.”
De acordo com Buterin, a privacidade é um requisito essencial para as interações dentro do ecossistema Ethereum. Ele enfatiza que é necessário um sistema que não apenas armazene dados de forma segura, mas que também impeça a coleta centralizada das atividades dos usuários. Por isso, para ele, é urgente que os desenvolvedores de carteiras de criptomoedas criem protocolos que utilizem verificação de identidade (“proof-of-personhood”) para garantir a privacidade no futuro.
“As transferências privadas precisam ser integradas diretamente em carteiras.”
Buterin argumenta que atualmente existem métodos aplicáveis que podem ser utilizados para implementar medidas de privacidade. Entre os métodos, cita o uso de múltiplas contas e protocolos de atestação off-chain – fora da cadeia de blockchain. O programador destaca que essas soluções são simples e podem permitir um progresso considerável na segurança das carteiras de criptomoedas.
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“Precisamos de clientes leves padronizados para L1 e L2s, que verifiquem diretamente o consenso do blockchain.”
Segundo o Russo, para garantir ainda mais segurança nas transações e interações na blockchain, é crucial que os clientes possam verificar a integridade a partir deles próprios. Ele ressalta que isso evitaria a dependência de provedores externos, sendo vital para prevenir fraudes e manipulações. Ele destaca a iniciativa da Helios que com seu projeto de cliente leve permite que os usuários verifiquem diretamente o consenso da blockchain sem depender de provedores de RPC (Chamada de Procedimento Remoto).
Segurança aliada a experiência
“As carteiras precisam se tornar não apenas software para armazenar permissões de acesso onchain, mas também software para armazenar seus dados privados.”
Buterin afirma que a proteção dos dados dos usuários não pode ser deixada apenas a algoritmos criptográficos simples. Ele defende que é necessário envolver arquiteturas que garantam acessibilidade e segurança, como o uso de compartilhamento de segredos. Para ele, essa abordagem é fundamental para a proteção de dados em um ecossistema descentralizado, como evidenciado por modelos como M-de-N, uma técnica de segurança avançada.
“Essas ideias mais radicais dependem de uma tecnologia que é extremamente imatura hoje.”
De acordo com Buterin, para um avanço significativo nas interações do usuário e na experiência de uso das carteiras, tecnologias disruptivas, como IA (Inteligência Artificial) e BCI (Interface Cérebro-Computador), são necessárias. Ele aponta que essas inovações podem tornar a interação com a blockchain mais intuitiva e automatizada. Assim, elimina-se a necessidade de interfaces complexas, facilitando a experiência do usuário.
O artigo completo pode ser lido na íntegra aqui.
