Reunindo as maiores autoridades mundiais, o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que acontece anualmente, em Davos, Suíça (de 22 a 24 de janeiro), abordará, como um de seus temas centrais, como o Bitcoin e as criptomoedas devem ser pensados para integrarem o arranjo econômico mundial, visando ajudar a moldar os desafios da globalização 4.0 e da quarta revolução industrial. Representando o Brasil nesse processo, os empresários Eduardo Carvalho e Fábio Asdurian foram convidados pela organização do evento para participar do Crypto Winter in Davos, que ocorrerá quinta-feira, 24 de janeiro.
Idealizadores de dois projetos estruturados com apoio do governo suíço, os empreendedores encabeçam as empresas Dynasty e Ampere. A primeira é uma criptomoeda com lastro no mercado imobiliário, que almeja tornar-se o primeiro ativo digital regularizado do mundo. Já a Ampere, também segue o conceito de moeda digital segura e legalizada, explorando energias renováveis como lastro.
“Ficamos lisonjeados em sermos os únicos brasileiros entre as instituições selecionadas pelo Consulado Suíço para ir ao evento”, diz Carvalho.
O calendário de debates trará alguns temas importantes do universo das criptomoedas, entre eles o potencial tecnológico, a segurança e os ambientes regulatórios.
“A idealização desta programação sobre criptomoedas no Fórum só comprova o quanto esta inovação ganhou notoriedade. Quando líderes mundiais se reúnem para analisar as movimentações dos ativos digitais, significa que suas nações estão se preparando para esta evolução do mercado financeiro”, complementa Asdurian.
“O Fórum Econômico Mundial reúne diversas personalidades para pensarem conjuntamente no futuro da economia global. Neste cenário, resolvemos abordar sobre blockchain e novas tecnologias vindas de fintechs, setores onde a Suíça se destaca. Convidamos players importantes para participar e selecionamos a Dynasty, por ser uma das primeiras criptomoedas sediadas em território suíço, e em processo de regularização”, diz Bruno Aloi, Business Develop Manager do Consulado Suíço no Brasil.
A Ethereum Entreprise Alliance (EEA), assim como o cofundador da IOTA Dominik Schiener, também participarão do evento, mas não na agenda oficial. Um dos integrantes da Fundação IOTA, Julie Maupin, faz parte do conselho consultivo sobre Fintech do Ministério das Finanças da Alemanha e da Força-Tarefa sobre economia digital do G20, além de integrar fóruns de governança na ONU, e também deve estar presente nas reuniões de Davos.
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“Um diálogo global sobre o futuro da economia destinado a rever os princípios econômicos para uma tomada de decisão sobre os melhores caminhos, econômicos e sociais, que precisam ser redefinidos para refletir melhor as mudanças inerentes à Quarta Revolução Industrial, juntamente com um diálogo global sobre questões financeiras e monetárias e como aproveitar não só as novas tecnologias como criptomoedas e blockchain, mas também fazendo o uso de sistemas mais resilientes para alcançar um crescimento sustentável e de bem-estar social a longo prazo”, define o documento do WEF para as reuniões de 2019.
Bitcoin e criptomoedas foram destaque do encontro pela primeira vez em janeiro de 2018, quando o hype em torno dos criptoativos estava em seu ponto mais alto devido aos recordes históricos de preço atingidos no mês anterior (dezembro de 2017). Foi durante o encontro que os líderes globais chegaram a um primeiro consenso de que era necessário olhar com mais cautela os criptoativos e reforçaram que os debates multilaterais sobre o tema deveriam continuar ao longo do ano durante as reuniões do G20, o que de fato aconteceu.
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