O mercado brasileiro de criptoativos foi agitado no primeiro trimestre de 2020.
Segundo dados da Receita Federal, R$ 26,62 bilhões foram movimentados em criptomoedas de janeiro a março. Tais dados foram coletados por meio da Instrução Normativa 1888.
Apesar do que se espera, o Bitcoin não foi a criptomoeda mais movimentada. Tal posição foi ocupada pelo XRP, token nativo da rede Ripple.
Safiri Felix, diretor executivo da Associação Brasileira de Criptomoeda (ABCripto), falou sobre o volume negociado.
Quase R$ 27 bilhões movimentados
O mês com maiores movimentações foi fevereiro, onde R$ 10,7 bilhões em criptoativos foram transacionados.
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Em segundo lugar veio março, com R$ 8,8 bilhões. Por fim, janeiro apresentou um volume transacionado de R$ 7 bilhões.
Ao todo, R$ 10,2 bilhões foram movimentados em Bitcoin. Contudo, este não foi o maior montante movimentado.
Durante o primeiro trimestre de 2020, R$ 12,1 bilhões em XRP foram movimentados. Somados, os volumes de Bitcoin e XRP representam 83% das movimentações com criptomoedas no período mencionado.
Safiri Felix falou sobre a Instrução Normativa 1888, elogiando a medida:
“A iniciativa da Receita Federal de informar os números e abrir a metodologia dos dados dão mais transparência e clareza ao setor, beneficiando todos os atores participantes do ecossistema: empresas, investidores, poder público, reguladores. Dará mais impulso a um setor que já vem crescendo e ganhando relevância para a economia nacional.”
Recuperação após o coronavírus
O diretor-executivo da ABCripto fala ainda sobre os volumes apresentados no primeiro trimestre e os níveis atuais, durante a crise do coronavírus.
Felix afirma:
“Os principais ativos digitais, como o Bitcoin, iniciaram 2020 em alta, na esteira de um desempenho bastante forte em 2019. Meses depois, em um primeiro momento na pandemia, os criptoativos sofreram perdas – como todos os ativos de risco. Mas o mercado mostrou pujança e já recuperou os patamares de preço de janeiro.”
De fato, apesar das duras quedas iniciadas no dia 12 de março, o Bitcoin e demais altcoins conseguiram se recuperar.
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