No mês de março, os brasileiros bateram mais um recorde na importação de criptomoedas. As transações chegaram a soma de R$ 8,6 bilhões, equivalente a US$ 1,751 bilhão, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.
Esse montante coloca o primeiro trimestre de 2024 com um total de importações de US$ 4,689 bilhões. Isso representa um aumento de 118% em relação ao mesmo período do ano passado.
Essas importações refletem o movimento de ativos entre não residentes, que vendem, e residentes no Brasil, que compram. Tais transações são registradas pela autoridade monetária através de contratos de câmbio. Nos últimos 12 meses, as importações de criptoativos atingiram a marca de US$ 14,843 bilhões.
ETFs de Bitcoin impulsionam compras de criptomoedas
Esse aumento expressivo nas importações coincide com o excelente desempenho das criptomoedas no início de 2024, especialmente o Bitcoin, que atingiu uma máxima histórica acima de US$ 73 mil. A aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) do lançamento de ETFs de Bitcoin à vista, após uma longa batalha, foi um dos eventos que impulsionaram essa valorização.
O interesse sem precedentes dos investidores por esses fundos levou as gestoras a realizarem grandes compras de BTC, elevando seu preço. Esse fenômeno não foi exclusivo dos Estados Unidos; investidores em todo o mundo começaram a adquirir criptomoedas. Além disso, os dados do Banco Central brasileiro corroboram essa tendência.
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Enquanto as importações aumentaram significativamente, as exportações também apresentaram crescimento, embora em uma escala menor. Em março, os brasileiros exportaram US$ 202 milhões em criptoativos, dez vezes mais do que o registrado no mesmo período do ano anterior.
Salto no acumulado do trimestre
O acumulado do trimestre também teve um salto considerável, subindo cerca de sete vezes em comparação com o ano anterior, atingindo US$ 348 milhões. Esse valor já representa mais da metade do total exportado em todo o ano passado, que foi de US$ 613 milhões.
De acordo com as normas do Banco Central, a compra de criptoativos pelos brasileiros se equipara à importação de um bem. Enquanto isso, a venda é considerada exportação. Essa interpretação baseia-se nas diretrizes do Fundo Monetário Internacional (FMI), que classifica ativos digitais sem passivo de contraparte emissora como não financeiros.
Agora, o mercado brasileiro aguarda os dados de abril, que serão divulgados no próximo dia 24. Após os recordes alcançados no primeiro trimestre, o Bitcoin teve uma queda de mais de 14% no mês passado, o que provavelmente resultará em uma redução nos números de importações e exportações.