A plataforma brasileira MyAlice, que oferece uma série de serviços automatizados para investidores como operações de trader e arbitragem, foi adquirida dos sócios por um grupo de empresários no último dia 14 de maio. Após tratativas administrativas, a nova equipe assumiu o comando total da plataforma nesta quinta-feira, dia 23 deste mês.
Agora, sob o comando de Samuel Cabral Ribeiro, muitas novidades devem ser anunciadas, como depósitos ilimitados; mudanças nos métodos de saques e investimentos (que podem ficar mais parecidos com o da Anubis); novas estruturas e novos métodos de trabalho. A inserção de novos robôs (bots) de negociação na plataforma e também a inclusão de tokens e da stablecoin USDT vem sendo cogitado entre as mudanças.
A informação foi revelada ao CriptoFácil com exclusividade por um dos criadores da MyAlice, o desenvolvedor Diego Vellasco, que também anunciou sua participação em um novo projeto, a VL Capital, que trabalhará com automação de investimentos mas sob uma outra configuração diferente da MyAlice.
Segundo Vellasco, a venda ocorreu por conta de projetos pessoais.
“Como a plataforma vinha ‘rodando’ perfeitinha e crescendo a cada dia tivemos tempo de nos dedicar a outras iniciativas e então surgiu a oportunidade de negociação com um investidor que não posso revelar o nome. A proposta foi interessante e cada um dos sócios resolveu negociar sua parte. Somos movidos a desafios e com o MyAlice provamos que o Brasil tem um time sério de desenvolvedores e pessoas que querem impulsionar a adoção do Bitcoin e das criptomoedas por isso neste novo projeto o desejo é ampliar ainda mais este foco para que o mercado cresça como um todo”, destacou.
O desenvolvedor revelou que vem trabalhando em uma plataforma de automação chamada VL Capital, que está com captação aberta para investidores. Apenas 20% do valor da empresa será aberto a negociação, sendo que o total desta rodada de financiamento é fixado em 20 Bitcoins que podem ser fracionados em duas ou quatro partes desde que todas elas cheguem juntas, ou seja, que o montante some os 20 BTC e sejam pagos na mesma data.
Vellasco destaca que já existe uma série de conversas em andamento, mas nada fechado. A VL terá diversas opções de trader e arbitragem e também operará no mercado OTC.
Após a rodada de financiamento, a VL disponibilizará seus serviços de investimento automatizados que terão Bitcoin e Ethereum, “também vamos incluir o USDT para que o usuário tenha uma ‘garantia’ quanto a oscilações bruscas ou um novo bear market. Desta forma se ele tiver o insight de que os preços cairão poderá fazer a conversão automática para a stablecoin e então ‘salvar’ sua aplicação”, disse o desenvolvedor.
Vellasco ressalta que o investimento em criptomoedas é de alto risco e por isso a VL trabalhará com opções de curto e longo prazo, “de acordo com o ‘apetite’ de risco do investidor”. No entanto, o desenvolvedor frisou que a rentabilidade está intimamente associada ao risco e que o mercado tem mostrado que investir em ciclos maiores pode ser ser uma boa estratégia quando o assunto é criptomoedas.
“A pessoa que comprou Bitcoin a US$ 1 mil e vendeu a US$ 1.100 no curto prazo também fez lucro e saiu ‘ganhando’, mas aquele que soube adotar uma estratégia mais ligada ao hold e vendeu a US$ 10 mil talvez tenha conseguido um êxito maior”, disse
A VL Capital deve ser lançada no segundo semestre deste ano e terá um conjunto próprio de regras quanto a valores para aplicação, rentabilidade e conversão do investimento. Já as atividades da MyAlice, não sofrerão alterações e a empresa segue normalmente com seus serviços.
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