A empresa Chainalysis publicou na terça-feira (12) seu mais recente relatório do Índice Global de Adoção de Criptomoedas. O Brasil, que no relatório anterior ocupava a sétima colocação em termos de adoção de cripto, caiu para a nona posição. No entanto, o país ainda é o maior mercado considerando apenas a América Latina.
Segundo o levantamento, o índice de adoção do Brasil (que vai de 0 a 1) é 0,163. No ano passado, o índice era 0,562.
A região da Ásia Central, do Sul e da Oceania (CSAO) são os destaques do relatório, dominando o topo do índice, com seis dos dez principais países localizados na região.
De acordo com o ranking da Chainalysis, a classificação global em termos de adoção é a seguinte: Índia, Nigéria, Vietnã, Estados Unidos, Ucrânia, Filipinas, Indonésia, Paquistão, Brasil e Tailândia.
Índice Global de Adoção de Criptomoedas
Este é o quarto Índice Global de Adoção de Criptomoedas da Chainalysis. O objetivo do índice é combinar dados a fim de medir quais países estão liderando o mundo na adoção popular de criptomoedas.
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Conforme pontua a empresa, a adoção popular da cripto não se trata de quais países têm os maiores volumes brutos de transações. Em vez disso, a ideia é destacar os países onde as pessoas comuns estão mais adotando a criptomoedas.
O Índice Global de Adoção de Criptomoedas é composto por cinco subíndices. Cada um desses subíndices é baseado no uso de diferentes tipos de serviços de criptomoeda pelos países.
O índice classifica todos os 154 países para os quais há dados suficientes sobre cada subíndice. A Chainalysis pondera as classificações por características como tamanho da população e poder de compra, toma a média geométrica da classificação de cada país e depois normaliza esse número final numa escala de 0 a 1. Assim, quanto mais próxima de 1 for a pontuação final do país, maior será a classificação.
Subíndices
Para calcular os subíndices, a Chainalysis estimou os volumes de transações dos países para diferentes tipos de serviços e protocolos de criptomoeda. Isso leva em conta os padrões de tráfego da web dos sites desses serviços e protocolos.
Além disso, a empresa examinou o índice com especialistas e operadores locais em todo o mundo, o que dá mais confiança.
O índice da Chainalysis é calculado com base nas seguintes métricas:
- Valor das criptomoedas recebidas em exchanges centralizadas, ponderado pela paridade do poder de compra (PPP) per capita;
- Valor de varejo na rede recebido em exchanges centralizadas, ponderado pela PPC (medida da riqueza do país por residente) per capita;
- Volume de trocas peer-to-peer (P2P), ponderado pela PPP per capita e número de usuários de internet;
- Valor das criptomoeda recebidas de protocolos DeFi, ponderado por PPP per capita e
- Valor de varejo na rede recebido de protocolos DeFi, ponderado por PPC per capita.
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Adoção global recuou
De acordo com a Chainalysis, a adoção popular das das criptomoedas em todo o mundo está em baixa. Isso fica claro no gráfico abaixo, em que a empresa aplica sua metodologia somando as pontuações do índice de todos os 154 países para cada trimestre.
“Embora tenha havido uma recuperação acentuada desde a crise do final de 2022, na época em que a FTX implodiu, a adoção popular ainda está bem longe de seus máximos históricos”, ponderou a empresa.
Adoção em países de rendimento médio-baixo
Contudo, isso não se aplica a todos os lugares. Isso porque há um segmento crucial de países onde a adopção popular registou uma recuperação muito mais forte do que em qualquer outro lugar: os países de rendimento médio-baixo (LMI).
LMI é uma das quatro designações utilizadas pelo Banco Mundial para classificar os países por nível de riqueza, com base no rendimento nacional bruto (GNI) per capita.
Muitos dos principais países do Índice estão na categoria LMI. E, em conjunto, tiveram a maior recuperação na adoção popular de criptomoedas no último ano. Na verdade, a LMI é a única categoria de países cuja adoção popular total permanece acima de onde estava no terceiro trimestre de 2020.
“Isto pode ser extremamente promissor para as perspectivas futuras das criptomoedas. Os países LMI são frequentemente países em ascensão, com indústrias e populações dinâmicas e em crescimento”, pontuou a Chainalysis. “Se os países LMI são o futuro, então os dados indicam que as criptomoedas serão uma grande parte desse futuro.”