A Receita Federal do Brasil (RFB) divulgou um relatório com as negociações de criptomoedas no Brasil. Segundo o órgão, foram negociados cerca de R$ 33 bilhões entre janeiro e dezembro.
O relatório traz dados completos sobre o mercado. A maior parte ocorreu em Bitcoin e Ether (ETH), como mostram os dados abaixo. As colunas representam os seguintes dados:
- Primeira coluna: nome da criptomoeda;
- Segundo coluna: mês de negociação;
- Terceira coluna: o número de transações;
- Quarta coluna: a soma dos valores transacionados (em reais)
- Quinta coluna: a soma média.
Porém, o documento traz dados sobre outras criptomoedas. Até mesmo Dai e Doge estão na lista.
A RFB utilizou dados de mesas de operações de balcão (OTC, na sigla em inglês). No total, nove empresas foram avaliadas no Brasil:
- Transfero;
- Foxbit;
- Novadax;
- Escher;
- Nox Bitcoin;
- Red River;
- BitBlue;
- Bit Preço;
- OWS.
Busca por diversificação impulsiona volumes
O aumento de volume reflete o desempenho do Bitcoin no Brasil. Em novembro, a criptomoeda atingiu pela primeira vez a marca dos R$ 100 mil.
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Segundo João Canhada, CEO da Foxbit, os investidores também estão buscando investimentos alternativos no mercado. E as criptomoedas aparecem como uma opção nesse sentido.
“São investidores em busca de diversificação, muitas vezes saindo do mercado tradicional, encerrando com aplicações financeiras em bancos e corretoras tradicionais, e vindo para adquirir seu primeiro Bitcoin. Este perfil de cliente prefere OTC”, disse.
De acordo com a Foxbit, as negociações via OTC representam 40% de sua receita.
Brasil pode ser um grande centro de Bitcoin
Além disso, o Brasil tem um grande potencial para o crescimento das negociações com Bitcoin.
Mesmo com a crise econômica da pandemia, o Brasil ainda tem um dos maiores PIBs do mundo, com R$ 7,3 trilhões. Em dólares, o PIB está em US$ 1,8 trilhão, o 9º maior do mundo.
Além disso, a inflação brasileira começa a pressionar. O último Boletim Focus previu uma inflação de 4,3% em 2020, acima da meta de 4% estipulada pelo Banco Central.
Essa ainda não é a hiperinflação vivida pela Venezuela ou a forte inflação da Argentina. No entanto, o cenário não é animador. E o Bitcoin pode se beneficiar disso.
O país também tem uma longa história de controle de capitais, algo que pode colocar barreiras para as pequenas empresas. E onde há controles, o Bitcoin está lá para remover essas barreiras.
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