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Relatório

Brasil movimenta US$ 318,8 bilhões em cripto e 90% do volume é em stablecoins

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O Brasil alcançou US$ 318,8 bilhões em transações com criptomoedas entre julho de 2022 e junho de 2025, segundo relatório da Chainalysis. Esse valor coloca o país como líder absoluto na América Latina, respondendo por quase um terço de toda a atividade da região.

O levantamento mostra que mais de 90% do volume negociado envolve stablecoins, moedas digitais atreladas ao dólar ou a outros ativos estáveis. Esse domínio reflete a busca de famílias e empresas por proteção diante da inflação, da volatilidade cambial e das restrições de capital que afetam diversos países da região.

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Na América Latina, o movimento total atingiu US$ 1,5 trilhão em três anos. O crescimento foi marcado por fases de forte expansão, como dezembro de 2024, quando o volume regional alcançou US$ 87,7 bilhões em um único mês. Embora o ritmo tenha arrefecido no primeiro semestre de 2025, a base de transações segue muito mais elevada do que em 2022 e 2023, evidenciando uma tendência de consolidação.

O relatório destaca que o Brasil registrou uma taxa de crescimento de 109,9% no período analisado, muito acima da média regional. Esse avanço se deve tanto ao aumento das transferências institucionais quanto à diversificação do uso de criptomoedas em diferentes faixas de valores.

Criptomoedas no Brasil

Stablecoins brasil
Imagem: Chainalysis

Além do volume, o país apresenta um mercado dinâmico graças à presença de grandes exchanges locais, como Mercado Bitcoin, além da entrada de bancos tradicionais e fintechs no setor. Além disso, instituições como Itaú, Nubank e Mercado Pago já oferecem produtos ligados a criptomoedas e ampliam o acesso da população ao mercado.

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Desse modo, a predominância das stablecoins se explica por fatores econômicos. No Brasil, assim como em países como Argentina e Venezuela, a inflação e a instabilidade cambial incentivam a busca por moedas digitais atreladas ao dólar. Para muitos usuários, essas moedas funcionam como reserva de valor e também como ferramenta prática para transferências internacionais.

O crescimento brasileiro ocorre em meio a um esforço regulatório. A Lei de Ativos Virtuais, aprovada entre 2022 e 2023, criou requisitos para empresas do setor e estabeleceu o Banco Central como autoridade responsável por supervisão de lavagem de dinheiro e combate ao financiamento ilícito.

Com novas consultas públicas abertas em 2024 e a expectativa de regras adicionais até o final de 2025, o Brasil tende a consolidar um ambiente regulatório mais robusto, que deve equilibrar inovação e segurança para os investidores.

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