O Brasil se destaca como líder nas negociações de criptomoedas na América Latina. Desde o início de 2024, o país testemunhou um notável crescimento no volume de negociações, revelando uma expansão de 30% em comparação ao ano anterior. Essa ascensão coloca o Brasil no centro das atenções econômicas da região.
De acordo com dados da Kaiko Research, o volume de negociações em criptomoedas denominadas em reais atingiu a marca de US$ 6 bilhões nos primeiros meses deste ano. Esse número representa não apenas um incremento significativo em relação ao período anterior, mas também solidifica a posição do país como o maior mercado de criptomoedas da América Latina.
Além disso, os dados também colocam o Brasil como o sétimo maior do mundo em termos de moeda fiduciária.
Brasil lidera em diversidade de ativos negociados
Por meio de um estudo da atividade comercial, observa-se que o Brasil lidera não apenas em volume, mas também em diversidade de ativos negociados. Enquanto nos primeiros quatro meses de 2024 o volume negociado em pesos mexicanos totalizou US$ 3,7 bilhões, e em pesos argentinos cerca de US$ 300 milhões, o mercado brasileiro se destaca com mais de US$ 6 bilhões.
Uma tendência particularmente notável é o crescente interesse nas stablecoins em detrimento do Bitcoin e outras criptomoedas tradicionais. Segundo a Kaiko, quase metade de todas as transações realizadas em 2024 envolveram stablecoins, com o Tether (USDT) conquistando uma fatia de mercado que cresceu cerca de 20% desde o último mercado altista, em 2021.
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ETFs também conquistam o cenário
O surgimento e expansão dos Exchange-Traded Funds (ETFs) de Bitcoin no mercado brasileiro também merecem destaque. Com 13 fundos negociados em bolsa atualmente disponíveis, incluindo populares opções da Hashdex e BlackRock, o mercado de criptomoedas do Brasil está testemunhando uma ampliação significativa de sua infraestrutura financeira.
Desde sua introdução em 2021, esses ETFs acumularam um volume administrado de cerca de 2,5 bilhões de reais (cerca de US$ 500 milhões) até março de 2024, indicando uma crescente aceitação e confiança dos investidores locais.
Outro ponto de interesse é a dinâmica competitiva entre as plataformas de negociação. Atualmente, a Binance detém a maior participação de mercado, respondendo por 79% das transações. No entanto, seu domínio está gradualmente sendo desafiado por outras plataformas emergentes, como a brasileira Mercado Bitcoin e a mexicana Bitso.
Juntas, essas duas últimas viram sua participação de mercado combinada aumentar para 21% no início de maio de 2024, alcançando seu nível mais alto em mais de três anos.
Apesar da recente correção no mercado de criptomoedas, os indicadores sugerem uma resiliência notável. Os volumes de negociação em reais brasileiros mantêm-se 30% acima do registrado no ano anterior, destacando a contínua confiança e interesse dos investidores locais no setor. Esse panorama positivo coloca o Brasil no epicentro das discussões sobre o futuro das finanças digitais na América Latina e além.