O Brasil ficou de fora dos novos testes da plataforma de CBDC do Swift, que a partir de agora, passa a contar com mais de instituições participantes, de cerca de 21 países diferentes.
Segundo o novo anúncio do Swift, três bancos centrais estão se unindo à fase beta de seu projeto de interoperabilidade de CBDC voltada a moedas digitais de varejo.
A Autoridade Monetária de Hong Kong, o Banco Central do Cazaquistão e um banco central não identificado integraram sua infraestrutura à “solução de conexão CBDC” da Swift para testes diretos, informou a empresa.
A primeira fase de testes de sandbox começou em março com mais de 18 participantes, incluindo o Royal Bank of Canada, Banque de France, Société Générale, BNP Paribas, Autoridade Monetária de Singapura, HSBC, Deutsche Bundesbank e NatWest.
Durante 12 semanas, o ambiente de testes registrou mais de 5.000 transações. Agora, o número de participantes vai ultrapassar 30.
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Embora a CBDC do Brasil seja de atacado, e os testes do Swift seja com CBDC de varejo, a empresa criou vários projetos envolvendo CBDCs, incluindo um projeto de moeda digital de banco central no atacado em conjunto com o Federal Reserve Bank de Nova York usando uma rede de responsabilidade regulamentada.
CBDC e Swift
A plataforma de mensagens Swift conecta mais de 11.500 instituições financeiras em todo o mundo. No entanto, enfrenta um dilema em relação a CBDC, pois a nova tecnologia pode competir com ela em muitas circunstâncias.
Os diversos projetos de ponte de CBDC apoiados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) são exemplos dessa possibilidade. Além disso, gigantes de pagamentos como a Visa desenvolvem soluções para integrar CBDCs de atacado e varejo em diferentes blockchains, sejam elas públicas ou privadas.
Em agosto, a Swift anunciou que 89% das transações que ela acomoda são processadas em até uma hora, superando a meta do G20 de 75% de liquidações em uma hora até 2027.
Além disso, 84% das transações na rede “são realizadas diretamente ou com um único intermediário”. No entanto, observou que, na prática, apenas 60% dos pagamentos no atacado são concluídos em uma hora devido a controles regulatórios, horários de trabalho e processamento em lotes.