Um novo estudo da Chainalysis, divulgado nesta quarta-feira (11), revelou que o Brasil é o 10º país do mundo em termos de adoção de criptomoedas. Além disso, o Brasil lidera considerando apenas a América Latina.
De acordo com o ranking da Chainalysis, o Brasil fica atrás apenas de Índia, que lidera o ranking global, Nigéria, Indonésia, Estados Unidos, Vietnã, Ucrânia, Rússia, Filipinas e Paquistão. Considerando apenas a América Latina, o Brasil lidera o ranking seguido por Venezuela, México e Argentina.
Conforme aponta a empresa, as regiões Ásia Central e do Sul e Oceania dominam o Índice de 2024, com 7 dos 20 principais países localizados na região. A empresa destacou que essas regiões têm um conjunto exclusivo de mercados de criptomoedas com altos níveis de atividade em exchanges de criptomoedas locais, com serviços comerciais e em DeFi.
Brasil se destaca em adoção de criptomoedas
O estudo em questão classificou países no ranking com base em suas interações com serviços centralizados e descentralizados, considerando tanto em operações de varejo quanto em finanças descentralizadas (DeFi).
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Ao contrário das edições anteriores, o índice da Chainalysis deste ano excluiu o volume de transações em exchanges peer-to-peer (P2P). De acordo com a empresa, houve uma “redução substancial na atividade” em várias regiões.
O índice da Chainalysis possui quatro subíndices ponderados pelo PIB per capita:
- Valor de criptomoeda on-chain recebido por serviços centralizados;
- Valor de criptomoeda de varejo on-chain recebido por serviços centralizados;
- Valor de criptomoeda on-chain recebido pelos protocolos DeFi;
- Valor de criptomoeda de varejo on-chain recebido pelos protocolos DeFi.
O ranking classificou 151 países para os quais teve dados suficientes sobre cada subíndice. A empresa ponderou os rankings por características, incluindo tamanho da população e poder de compra. Por fim, a Chainalysis fez a média geométrica de cada país e normalizou esse número final em uma escala de 0 a 1 para dar a cada país uma pontuação que determina sua classificação geral. Quanto mais próxima a pontuação final for de 1, maior será a classificação.
O Brasil ficou em 10º lugar no ranking global considerando a classificação geral do índice. Considerando apenas o subíndice 1, o Brasil ficou na 8ª posição. Nos subíndices 2 e 3, o Brasil ficou também na 10ª colocação e, no quarto subíndice, ranqueou na 14ª posição.
Panorama geral
Conforme destacou a Chainalysis, entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, o valor total da atividade global de criptomoedas aumentou substancialmente, atingindo níveis mais altos do que os de 2021 durante o mercado de criptomoedas.
“Podemos ver este padrão no gráfico abaixo, onde aplicamos a nossa metodologia do Índice de Adoção globalmente, adicionando todas as 151 pontuações para cada trimestre do 3º trimestre de 2021 ao 2º trimestre de 2024, e reindexando-as novamente para mostrar o crescimento da adoção global ao longo do tempo.”
Ainda segundo a empresa, no ano passado, o crescimento da adoção de criptomoedas foi impulsionado principalmente por países de renda média-baixa. Este ano, no entanto, a atividade cripto aumentou em todos os países de todas as faixas de renda.
Lançamento dos ETFs de Bitcoin e DeFi
De acordo com o relatório, o lançamento do ETF de Bitcoin nos Estados Unidos desencadeou um aumento no valor total da atividade Bitcoin em todas as regiões. Houve, contudo, um crescimento particularmente forte ano a ano em transferências de tamanho institucional e em regiões com países de maior renda, como a América do Norte e a Europa Ocidental.
Por fim, em relação ao setor DeFi, o relatório pontuou que, ao analisar o crescimento ano a ano em termos de tipos de serviços, é possível ver que a atividade DeFi aumentou significativamente na África Subsaariana, América Latina e Europa Oriental.