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Relatório

Brasil contribui para conter 3ª maior fuga de fundos cripto desde 2018

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O mercado de criptomoedas testemunhou um dos períodos mais significativos de saídas de capitais desde 2018, com os fundos de investimento em cripto registrando sua terceira maior onda de resgates da história.

Criptos que mais perderam na semana. Fonte: CoinShares

De acordo com o Relatório Semanal de Fluxos de Fundos da CoinShares (Volume 261), divulgado em novembro de 2025, os investidores retiraram US$ 1,94 bilhão apenas na última semana, elevando para US$ 4,92 bilhões o total de saídas acumuladas em quatro semanas consecutivas.

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O movimento representa aproximadamente 2,9% do total de ativos sob gestão (AuM) do setor e configura a terceira maior sequência proporcional de saídas desde 2018, superada apenas pelos episódios de março de 2025 e fevereiro de 2018.

Dessa forma, a pressão vendedora resultou em uma redução de 36a% no valor total sob gestão. Combinando o impacto dos resgates com a desvalorização dos ativos que estão em queda livre nas últimas semanas.

Bitcoin e Ethereum ancoram mercado

O Bitcoin, que começou a semana a US$ 95 mil e chegou a atingir US$ 82 mil antes de se estabilizar em US$ 86 mil, foi o principal responsável pelas saídas. Durante essa queda de preço, investidores institucionais retiraram US$ 1,27 bilhão de fundos de Bitcoin, demonstrando uma forte reação aos movimentos de baixa e criando um ciclo de pressão vendedora que se espalhou por todo o ecossistema de criptoativos.

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Em seguido vem o Ethereum, que registrou saídas de US$ 589 milhões, equivalentes a 7,3% de seus ativos sob gestão. O segundo ativo de maior capitalização do mercado também teve uma semana negativa. Saiu dos US$ 3,1 mil para oscilar em torno dos US$ 2,8 mil, atingindo US$ 2,6 mil em determinado momento durante a semana, o que refletiu a perda de confiança dos investidores diante da pressão vendedora generalizada.

Entre as altcoins, Solana também enfrentou significativa pressão vendedora, com saídas de US$ 156,2 milhões. Ao mesmo tempo em que o preço do ativo perdeu mais de 5% do seu valor, sendo negociado nos atuais US$ 130. Abaixo dos US$ 140 em que havia aberto a semana, demonstrando como a correção das principais criptomoedas arrastou até mesmo projetos com fundamentos sólidos.

Por outro lado, o XRP contrariou todo o mercado e surpreendeu com entradas de US$ 89,3 milhões na semana. As movimentações podem estar conectadas com novos ETF de XRP que devem chegar ao mercado nos próximos dias.

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Brasil mostra força e semana termina positiva

Pela sexta semana consecutiva, o Brasil registrou um saldo positivo de US$ 3,5 milhões em entradas de criptoativos. Terminando a penúltima semana de novembro como um dos únicos países que apresentou mais entradas do que saídas em produtos de criptomoedas na semana.

Brasil contraria tendência global. Fonte: CoinShares

Além do gigante sul-americano, apenas a Austrália terminou o período com fluxo líquido positivo, registrando entradas de US$ 2 milhões. Enquanto isso, os Estados Unidos, principal mercado de criptoativos do mundo, puxaram a fila das saídas com expressivos US$ 1,686 bilhão em resgates.

O cenário global começou a dar sinais de reversão apenas na sexta-feira (21), quando a tendência negativa foi interrompida com entradas líquidas de US$ 258 milhões. O primeiro fluxo positivo após sete dias consecutivos de resgates.

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O Bitcoin foi o principal protagonista da recuperação de sexta-feira. O que liderou as saídas durante a semana com US$ 1,27 bilhão em resgates, registrou entradas de US$ 225 milhões no último dia. O Ethereum acompanhou esse movimento com entradas modestas de US$ 57,5 milhões.

Paralelamente, os produtos de Short Bitcoin (que apostam na queda do preço do ativo) continuaram atraindo capital, com entradas adicionais de US$ 19 milhões. Esse movimento elevou para 119% o crescimento de seus ativos sob gestão nas últimas três semanas, demonstrando que uma parcela significativa de investidores mantém expectativa de continuação da tendência de baixa no curto prazo, mesmo com os sinais de recuperação no final do período.

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