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FIDC acumula R$ 200 milhões

Brasil avança na tokenização com fundo do INSS emitido na blockchain da Ripple

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O mercado financeiro brasileiro vive um momento histórico. Isso porque a tokenização de ativos regulados deixou de ser apenas uma promessa e já movimenta centenas de milhões de reais em blockchain. A VERT Capital, em parceria com a Ripple, concluiu sua segunda operação tokenizada no XRP Ledger (XRPL) e em sua EVM Sidechain, marcando um novo passo na modernização do sistema financeiro nacional.

A nova emissão representa o primeiro FIDC tokenizado do Brasil lastreado em recebíveis de aposentadorias públicas do INSS. Trata-se de uma categoria de crédito considerada segura, diversificada e de baixo risco, vinculada diretamente aos pagamentos previdenciários do governo federal. O fundo já acumula mais de R$ 200 milhões em patrimônio líquido, e a previsão é de que alcance R$ 1 bilhão até o fim do ano, acompanhando o avanço da demanda institucional.

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Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) reúnem recebíveis de crédito em instrumentos financeiros regulamentados, semelhantes aos títulos lastreados em ativos (Asset-Backed Securities). Cada recebível representa uma fração dos pagamentos mensais de aposentadorias, criando fluxos de caixa previsíveis e garantidos pelo governo.

Com a integração ao XRPL, o processo de gestão e liquidação desses créditos ocorre diretamente na blockchain, permitindo auditoria em tempo real e total transparência para investidores e reguladores. A VERT desenvolveu a estrutura com apoio da fintech BYX, responsável pela tecnologia analítica que gerencia as carteiras de recebíveis previdenciários.

Tokenização no Brasil

XRPL Ledger

A BYX e a VERT planejam tokenizar novos fundos ainda em 2025, conectando a originação de crédito tradicional à liquidação automatizada via blockchain. Um passo que consolida a tokenização de ativos reais (RWA) como parte da infraestrutura financeira do país.

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Desse modo, a plataforma utiliza o XRPL e sua EVM Sidechain para registrar todos os eventos do ciclo de vida dos ativos. Assim, essa segunda operação também trouxe o VERT Sign, sistema de assinatura e formalização digital baseado em blockchain. Ela usa carteiras digitais e assinaturas verificáveis para automatizar a compra e a cessão de recebíveis.

Com isso, a VERT reduz custos operacionais e elimina a necessidade de intermediários. Ao mesmo tempo em que mantém total conformidade com as normas da CVM e do Banco Central.

“Estamos nos aproximando de um momento em que os ativos tokenizados deixam de ser representações digitais e passam a ser os próprios instrumentos financeiros”, explicou Gabriel Braga, diretor de Ativos Digitais da VERT.

A colaboração entre a VERT e a Ripple reforça como o XRPL Ledger pode servir de base para mercados regulados e interoperáveis, oferecendo segurança e auditabilidade dentro de uma rede pública. As duas empresas participam do programa LEAP – uma iniciativa de pesquisa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que avalia o uso da DEX nativa do XRPL como infraestrutura para negociação secundária de valores mobiliários tokenizados.

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O Brasil mostra que inovação e regulação podem caminhar juntas”, afirmou Silvio Pegado, diretor-geral da Ripple para a América Latina. “A plataforma da VERT prova que o blockchain pode funcionar de forma prática, segura e em conformidade total com a lei.”

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