Somente em 2017, mais de 65 jornalistas foram perseguidos e mortos em todo o mundo e liderando esta lista, está a Síria, nação árabe que, desde 2012, ocupa o primeiro lugar deste ranking. A situação não é diferente no Brasil, que é considerado um dos países mais perigosos do mundo em relação à exposição que o trabalho de jornalistas exige, e este ano já registrou duas mortes: Ueliton Brizon foi morto a tiros em Cacoal, Rondônia, e o radialista Jefferson Pureza foi morto a tiros em Edealina, Goiás. Ambas as mortes foram registradas em janeiro deste ano.
Para mudar esta situação e também ajudar a resolver o dilema de financiamento e sustentação da indústria da notícia em tempos de economia digital, uma proposta sugere que a blockchain possa ser usada para garantir o anonimato de fontes e jornalistas, além de uma forma de microfinanciamento e estruturações das redações.
Propostas de remuneração com micro e nano pagamentos não são novas no universo das criptomoedas e projetos com o Steem e SatoshiPay já estão operação há um certo tempo. Além disso, algumas empresas jornalísticas têm estudado a adoção do script de mineração Coinhive como forma de pagamento por conteúdo, na qual o usuário “paga” com poder computacional.
Entretanto, as propostas discutidas durante o Congresso Mundial de Imprensa, que aconteceu recentemente em Londres, Inglaterra, vão além do financiamento dos veículos de imprensa, e buscam oferecer oportunidades para proteção de fontes e jornalistas.
Embora ainda não exista qualquer caso de uso em andamento sobre o assunto, a pauta foi destaque no evento e contou com amplo respaldo de mais de 1 mil editores executivos de veículos de imprensa de todo o mundo, indicando que a blockchain pode, em breve, ajudar a salvar vidas como a de Alex Balcoba, de 56 anos, que foi morto nas Filipinas por suas críticas ao governo de Dudarte.
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