A exchange Bittrex, uma das maiores plataformas globais de criptomoedas, pode iniciar atividades no Brasil em breve. A empresa protocolou um pedido de registro de marca em sólo nacional junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial, INPI. Embora a concessão de registro de marca não signifique, obrigatoriamente, o início de atividades formais no Brasil, é de praxe que antes de iniciar qualquer operação, grandes empresas peçam registros de suas marcas.
No pedido, a Bittrex destaca que tem atuação em intermediação de transações com Bitcoin e criptomoedas, mas também faz ações em serviços de câmbio, crowdfunding e outras formas de financiamento coletivo, além de serviços de conta poupança, entre outros. A possível vinda da exchange para o Brasil marca uma retomada no interesse de empresas internacionais pelo ecossistema de criptomoedas nacional, tanto que, como mostrou o CriptoFácil, Calvin Ayre do Bitcoin SV também pediu registro de marca de sua empresa a CoinGeek no Brasil, assim como a DRW Holding, uma das grandes empresas de investimentos dos EUA, que pode tornar-se a principal concorrente da XP Investimentos (no mercado financeiro tradicional) e da XDEX (no ecossistema de criptomoedas).
A Bittrex recentemente viu seu pedido de registro na BitLicense em Nova York ser negado, desta forma, sem a licença, considerada uma das mais duras (mas com alta credibilidade) dos EUA, a empresa não poderá dar continuidade a suas atividades no Estado e portanto seus clientes da Big Apple terão que sair da plataforma. Pouco depois da negativa, já no final do mês de abril, a exchange veio a público para se defender de acusações de que usuários norte-coreanos, possivelmente ligados a grupos hackers do país a serviço do estado, estariam usando a empresa para transacionar Bitcoins e lavar o dinheiro do crime que, segundo a ONU, estaria sendo usado para manter o programa nuclear da Coreia do Norte.
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