A exchange de criptomoedas Bitso, que possui mais de um milhão de usuários com forte atuação na América Latina, tem planos ambiciosos para o Brasil.
A corretora acredita que o país tem potencial para se tornar o principal mercado de criptomoedas de sua região. Por isso, está focada em expandir suas operações para o Brasil, onde iniciou as operações em 2 de dezembro.
Agora, com um investimento de aproximadamente R$ 317 milhões de empresas que apoiaram grandes startups como Nubank e QuintoAndar, a missão parece bem encaminhada.
O anúncio do aporte foi feito pela Bitso nesta quarta-feira (9).
Bitso quer tornar o Brasil seu principal mercado
Conforme informou a Veja, os responsáveis pelo aporte de US$ 62 milhões foram os fundos QED Investors e Kaszeck Ventures. É a primeira vez que as companhias investem no ramo de criptomoedas.
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A QED Investors já investiu na corretora Warren, no Nubank, na startup Loft e em outras companhias. Já a Kaszek Ventures apoiou a Gympass, GetNinjas, QuintoAndar e também o banco digital Nubank.
Com o investimento, a Bitso espera ampliar seu mercado no Brasil. Isso porque a empresa acredita que o país vai, nos próximos cinco anos, liderar o mercado de criptoativos no continente:
“O país possui a maior economia por ter a maior população. Mas alguns outros países da região têm economias em criptomoedas maiores que ele”, disse Daniel Vogel, CEO da Bitso.
De acordo com a empresa, a expectativa é fazer no Brasil o que fez na Argentina, ou seja, dominar o mercado. No país vizinho, a Bitso detém 77% de participação de mercado.
Criptomoedas para transações financeiras
Por fim, Vogel enfatizou que o objetivo da Bitso é tornar as criptomoedas mais “úteis” para transações financeiras.
No Brasil, a Bitso vai atuar através da Bitso Alpha. Atualmente, a plataforma oferece suporte ao Bitcoin, Ether, XRP, BUSD, HUSD, PAX e USDC.
Vale ressaltar que a Bitso já é regulada pela Comissão de Serviços Financeiros de Gibraltar (GFSC, na sigla em inglês).
Para operar no Brasil, a exchange buscou apoio do escritório de advocacia Pinheiro Neto que trabalha com empresas financeiras de base tecnológica.
“Já temos conversado com os principais reguladores do mercado no Brasil e pretendemos ser regulados também aqui”, disse Vogel à Reuters.
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