A gigante mundial de fabricação de hardwares de mineração Bitmain está sendo processada nos EUA por meio de uma ação coletiva movida por diversos clientes da empresa, que alegam terem sido prejudicados por uma suposta operação de mineração ilegal conduzida pela empresa nos hardwares que comercializa aos seus consumidores. No total, a ação pede reembolsos de mais de US$5 milhões.
Segundo a agência de notícias Coindesk, o morador de Los Angeles Gor Gevorkyan, um dos proponentes da ação coletiva, alega que os equipamentos da Bitmain vêm pré-configurados para realizarem mineração para a empresa, quando são iniciados e, até que o usuário remodele as configurações, os hadwares seguem minerando no Antpool, em uma carteira da empresa, ou seja, usam os dispositivos vendidos aos consumidores em benefício própria da empresa, até que os clientes consigam finalizar o processo de configuração dos equipamentos.
“Até que os complicados e demorados procedimentos de inicialização e configuração sejam concluídos, os dispositivos ASIC da Bitmain são pré-configurados para usar a eletricidade de seus clientes, minerando assim criptomoedas em benefício da empresa em vez de seus clientes”, diz o processo, que indica que mais de 100 pessoas aderiram à ação.
Gevorkyan alega ter adquirido diversos dispositivos da Bitmain, incluindo o AntMiner S9, em janeiro deste ano para minerar Bitcoin, no entanto, durante o processo de configuração, os equipamentos estavam minerando para a gigante chinesa.
“Durante esse tempo, os dispositivos ASIC foram pré-configurados para minerar para a Bitmain, consumindo uma quantidade substancial de eletricidade às custas dos requerentes e sem sua autorização”, afirma a denúncia acrescentando que isto seria uma “prática comercial injusta”.
Por outro lado, a Bitmain repudia as denúncias e alega que não realiza este tipo de ação.
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“A Bitmain não minera com os equipamentos dos clientes e, considerando que a mineração é uma pequena parte dos negócios da empresa, ela tem menos incentivo para fazê-lo em comparação ao envio do equipamento o mais rápido possível para atender a quaisquer pedidos confirmados e solicitados pelos clientes”, disse a empresa.
O Criptomoedas Fácil conversou com um minerador brasileiro que está expandindo e criando fazendas de mineração no Paraguai. Segundo ele, a ação contra a Bitmain é válida e, realmente, a empresa realiza mineração nos equipamentos dos usuários.
“Todos os ASIC que compramos da Bitmain vinham pré-configurados para minerar, inicialmente, para a Bitmain no Antpool. O processo de configuração de um equipamento não é demorado, cerca de 10 minutos, no entanto, até executar todo este processo que tem de ser feito com o equipamento ligado na energia e conectado na internet, ele segue minerando para a empresa, com as pré-configurações que vem de fábrica no hardware.”
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