A América Latina é a “nova meca” para empresas ligadas à mineração de Bitcoin. De acordo com Max Hua, diretor de assuntos financeiros (CFO) da Bitmain, países como Argentina e Paraguai estão se tornando paraíso para os mineradores.
“O mercado está surgindo em cada vez mais países. E nações como Argentina e Paraguai possuem recursos naturais para produzir energia verde para sustentar todo o ecossistema blockchain e são atrativos para os mineradores”, disse em entrevista ao CriptoNoticias.
Além disso, Hua destacou que a empresa quer ampliar suas atividades na região. Isso porque as nações da América Latina são compostas por pessoas jovens e interessadas em tecnologia.
Mineração no Paraguai e na Argentina
Sobre o Paraguai, ele afirmou que a nação, em sua divisa com o Brasil, gera muito mais energia do que pode consumir. Com base nisso, ele acredita que é justo que a nação utilize esse potencial energético para incentivar os mineradores de Bitcoin.
“O Paraguai gera tanta energia hidrelétrica que é natural que o país pense em utilizá-la na mineração de Bitcoin”, afirmou.
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Enquanto isso, o México, segundo ele, pretende se tornar um país favorável as criptomoedas. Afinal, o país tem diversos políticos que consideram propor uma regulamentação amigável para os criptoativos.
Entretanto, a posição tanto de Argentina quanto do Paraguai sobre o mercado de criptomoedas é dúbia e, por vezes, contraditória. Há pouco tempo, as autoridades da Argentina, por exemplo, iniciaram uma perseguição aos mineradores de Bitcoin.
As autoridades alegam que, devido à situação econômica do país, muitos mineradores estão atuando cladestinamente. Os reguladores estão em busca dos mineradores para que eles paguem os impostos ou parem suas operações.
Já no Paraguai, embora o governo incentive mineradores de Bitcoin na região da fronteira com o Brasil, o país pretende criar um imposto para o Bitcoin. Além disso, crescem as reclamações dos mineradores com relação à corrupção na região. Os mineradores têm sido cada vez mais procurados por funcionários do governo para que paguem para manter sua energia estável. Quando se recusam, em muitos casos, são multados por supostas irregularidades ou tem o fornecimento de energia restrito.
